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Vigilância Ativa para o Câncer de Próstata: Quando Interromper o Acompanhamento?


Neste vídeo, abordaremos o tema "Vigilância Ativa para o Câncer de Próstata: Quando Interromper o Acompanhamento?".


Exploraremos o conceito de vigilância ativa, uma abordagem de acompanhamento contínuo para pacientes com tumores de baixo risco e pouco volume. Discutiremos os critérios utilizados para determinar a adequação da vigilância ativa, incluindo o toque retal, o PSA (Antígeno Prostático Específico) e a biópsia confirmatória.



Apresentaremos o protocolo de acompanhamento, enfatizando a frequência dos exames de PSA, toque retal e a importância de avaliações complementares, como ressonância magnética. Também explicaremos quando interromper a vigilância ativa, discutindo os critérios que indicam a necessidade de iniciar o tratamento ativo.


Destacaremos a importância da decisão compartilhada entre médico e paciente. Por fim, recapitularemos os benefícios da vigilância ativa, enfatizando a importância do acompanhamento médico regular e encorajando os espectadores a buscar informações adicionais e orientações médicas específicas.


Agradecemos a todos os espectadores e os incentivamos a deixar comentários ou perguntas. Para consultas adicionais ou agendamento de consultas, entre em contato pelos dados fornecidos abaixo.



🔸contato: ☎(11) 2769-3929 📱(11) 99590-1506 | whatsapp: 📲 https://bit.ly/2HCRkgt 💻 https://www.clinicauroonco.com.br/ Agenda: http://bit.ly/2WMMiCI R. Borges Lagoa 1070, Cj 52 V. Mariana - São Paulo - SP Dr. Bruno Benigno CRM SP 126265 Urologista do H. Alemão Oswaldo Cruz Uro-oncologia e Cirurgia robótica Instagram: @dr_benigno



VIGILÂNCI ATIVA - TRANSCRIÇÃO DE ÁUDIO




Olá, meus amigos, sejam bem-vindos.

O objetivo desse vídeo é trazer um pouco mais de informações para vocês que têm diagnóstico de câncer de próstata e já seguem ou estão considerando seguir o protocolo de vigilância ativa.

E uma dúvida muito frequente no consultório é quando nós, urologistas, recomendamos interromper o protocolo de vigilância ativa.


Quais são os gatilhos que vão dizer para o médico que aquele paciente tem um tumor que está crescendo e que precisa ser tratado?


Se você não sabe o que é a vigilância ativa e quer saber um pouquinho mais, eu vou colocar na descrição desse vídeo uma aula que eu fiz alguns meses atrás explicando o que é a vigilância ativa, quais são os critérios de inclusão, e eu vou dar uma visão geral também sobre isso, mas se você quiser saber mais detalhes, eu recomendo fortemente que assista essa aula.

Então eu vou falar aqui nesse vídeo sobre o que é a vigilância ativa, os critérios de inclusão, como é o protocolo que eu faço com os meus pacientes e quando que eu interrompo essa vigilância ativa.

Então, primeiro, o que é vigilância ativa?


Vigilância ativa, como o nome diz, é um protocolo de acompanhamento periódico para homens que têm câncer de próstata, mas existem três tipos de câncer de próstata: de baixa agressividade, agressividade intermediária e de alta agressividade.


Os homens que têm o câncer de próstata do grau 1 ou o gleason 6 em até dois fragmentos da biópsia e que tem um PSA menor que 10 são os candidatos ideais para seguirem no protocolo de vigilância ativa.


Então esse é o principal ponto que você tem que ter em mente.

Vigilância ativa não é uma garantia que você nunca fará uma cirurgia, mas nós evitamos os possíveis efeitos colaterais de um tratamento com cirurgia ou radioterapia hoje, em homens jovens, acreditando que o tumor não vai crescer nos próximos anos e, se o tumor passa a apresentar algum sinal de maior agressividade ou de crescimento, o protocolo de vigilância ativa é interrompido e o paciente vai direto para cirurgia ou para radioterapia.


Então esse é o racional.

E de onde veio a ideia da vigilância ativa?

Os canadenses, há muitos anos atrás, observaram que os pacientes com muita idade que tinham diagnóstico de câncer de próstata acabavam falecendo de outras causas e que não da doença.

Eles começaram a estudar um pouco mais a característica desses homens que morriam com câncer de próstata, mas não do câncer de próstata.

E aí eles propuseram um protocolo de acompanhamento para os homens que preenchem as características que eu acabei de falar.


A próxima pergunta é quais são os critérios para indicação de vigilância ativa.

Então, primeiro, o paciente precisa entender o que é vigilância ativa, ele precisa se engajar no protocolo de acompanhamento, que é trimestral, então o paciente tem que voltar no médico a cada três meses com o exame de PSA e com ultrassom.


Ele tem que fazer um exame de toque retal pelo menos uma vez por ano e uma ressonância magnética de seis meses, a cada seis meses ou pelo menos uma vez por ano.

E além disso, e esse é o ponto mais crítico da vigilância ativa, ele precisa repetir as biópsias, porque mesmo você acompanhando somente com o PSA e com a ressonância, o câncer pode ainda crescer e mudar de agressividade.


Então é importante a repetição da biópsia periodicamente.

As dúvidas ainda que existem em relação à vigilância ativa são em relação a qual intervalo que nós devemos repetir as biópsias E qual o risco de você repetir muitas biópsias em relação ao tratamento definitivo?

Será que essa próstata vai ficar muito inflamada e pode dificultar um tratamento no futuro?

Outro ponto aqui importante é que existem diversos protocolos de acompanhamento no mundo inteiro, então você pode estar num hospital em que o médico acompanha a cada seis meses, outro hospital que acompanha a cada três meses, então isso é variável de país para país e de hospital para hospital.

Bom, o ponto principal desse vídeo é então responder a pergunta quando nós interrompemos o protocolo de vigilância ativa.


Bom, o primeiro critério que nós podemos usar para interromper a vigilância ativa é o desejo do paciente.

Então eu já percebi que em alguns casos, o diagnóstico de câncer, mesmo que seja de uma baixa agressividade, ele pode mexer muito com o psicológico e tem pacientes que começam a vigilância ativa, mas ficam extremamente preocupados de que a doença possa crescer, evoluir para uma metástase e isso pode impactar também o seu convívio social, a sua produção do trabalho, piorar a qualidade do sono.


Então quando o médico identifica que o simples fato do diagnóstico do câncer está provocando efeitos colaterais indesejáveis, esse pode ser um critério para interromper a vigilância ativa.

E isso pode partir do paciente e também pode partir do médico.

Segundo critério importante que vai levar o médico a interromper a vigilância ativa é se o seu PSA começa a crescer muito rápido, numa velocidade maior do que 0, 75 a cada seis meses.

Então se esse aumento do PSA é muito rápido e progressivo, isso pode ser um sinal de que as células do câncer estão se reproduzindo em uma velocidade muito rápida e pode ser usado como um critério para interromper o protocolo de vigilância ativa.


Outro ponto importante, piora dos sintomas urinários.

Imagina que você começou aos 55 anos, aos 60 anos a vigilância ativa e lá por volta dos 68 anos você está urinando com muita dificuldade, acordando muitas vezes à noite, enfim, tendo muita dificuldade para esvaziar a bexiga e você vai precisar passar por um tratamento para desobstruir o canal.

Ora, se você já tem câncer de próstata e tem que desobstruir o canal, talvez seja melhor você partir para o tratamento combinado, aí resolve os dois problemas.

Então esse é um outro ponto.


Terceiro ponto importante e que pode levar à interrupção do protocolo de vigilância ativa.

Se durante o exame físico, nos retornos, com o exame de toque retal, o médico percebe que surgiu um nódulo ou o nódulo que já existia começou a aumentar muito rápido.

Isso também pode ser um sinal de que a doença está crescendo.

Quarto ponto importante, se a ressonância magnética mostra que há um aumento do tamanho do nódulo ou a classificação chamada PI-RADS, que é uma classificação que mede a agressividade, a probabilidade de ter câncer.


Imagina que lá atrás o seu PI-RADS era um PI-RADS 3 e no protocolo de vigilância surgiu um PRADS-4 ou mesmo um PRADS-5, então essa lesão tá aumentando de tamanho e mudando a característica de agressividade.


Isso também pode ser um sinal de que a doença está crescendo e a vigilância ativa pode ser interrompida.


E por último, o critério mais importante de todos para interromper o protocolo é se quando você repete a biópsia a agressividade da doença aumenta.

Então imagina que lá na sua primeira biópsia veio um gleason 6 em um fragmento.

Você repete a biópsia e vem o mesmo glisson 6, mas agora em 3 ou 4 fragmentos.

Então a agressividade é a mesma, mas aumentou o número de áreas positivas pro câncer.

O protocolo pode ser interrompido.


Ou se a quantidade de áreas não foi maior, mas a agressividade mudou.

Por exemplo, você tinha um Gleason 6 lá atrás e na nova biópsia aparece um Gleason 7, 8, 9 ou 10.

Nessas situações o protocolo deve ser interrompido.


Então percebam que a vigilância ativa é uma estratégia para evitar efeitos colaterais no curto prazo, mas ela não é uma garantia de que você nunca vai precisar fazer o tratamento.

Já existem hoje exames mais modernos que podem ser aplicados no tecido da biópsia, que é o oncotype, eu já falei sobre isso, e a gente usa o oncotype para tentar identificar características genéticas da doença e para tentar identificar quem são os homens que têm um tumor mais agressivo ou aqueles homens com um tumor menos agressivo, tá?


Então, muito importante essa conversa com médico e paciente, orientações sobre riscos e benefícios da vigilância ativa, aqui, fazer a comparação dos seus dados com outras técnicas, por exemplo, com a cirurgia ou mesmo com a radioterapia.


Então, considere os prós e contras de cada estratégia.

Se você quiser saber um pouco mais sobre a cirurgia de próstata aberta por vídeo ou robótica, acesse o nosso canal, basta escanear esse código de barras aqui ou procurar mesmo por esse título do vídeo no nosso canal do YouTube e você vai entender um pouco mais as diferenças entre os tipos de cirurgia.


Ou se você quiser saber também um pouco mais sobre radioterapia, eu gravei esse vídeo aqui também que mostra como é que é feita a radioterapia, quais são as vantagens e as desvantagens, então você pode ter mais informações para sua tomada de decisão.


Bom, vantagens e desvantagens da radioterapia eu já mostrei pra vocês, que aqui é basicamente o risco de você ter que fazer novas e múltiplas biópsias, né, com risco de infecção urinária, sangramento na urina, então isso para alguns homens pode ser uma grande barreira em ter que ficar repetindo biópsias, então eu diria que essa é uma grande desvantagem da vigilância ativa, a necessidade de repetir muitas biópsias.


Outra desvantagem, preocupação, ansiedade, né, essa dificuldade de lidar com a ideia de ter uma doença que pode crescer, para alguns homens pode ser um desafio.

O risco de metástase, que é pequeno, em torno de 3% para homens com doença de baixo risco, mas existe, não é um risco desprezível.


E o segredo é a seleção dos pacientes, né, usar os critérios que nós já discutimos agora nesse vídeo, para explicar para você como a vigilância ativa deve ser indicada.

Existem vários critérios de seleção para homens com vigilância ativa, os critérios da sociedade europeia e os critérios da sociedade americana.

A sociedade brasileira é um misto entre sociedade europeia e critérios de seleção na sociedade americana.


Os protocolos de monitoramento da vigilância ativa podem variar de hospital para hospital, mas existem já alguns cenários onde esses protocolos são bem estabelecidos.

E os gatilhos para intervenção foi o que eu falei nesse vídeo, para definir o que é progressão de doença, o que é uma doença com maior agressividade.


Tolerância do paciente é importante e o teste Oncotype, que eu já comentei com vocês e gravei um vídeo recente sobre esse assunto, você pode procurar aqui no nosso canal.

O teste Oncotype é feito na biópsia da próstata, existem outros testes aqui como o teste que é o Prolaris, que é para entender se aquele tumor é muito agressivo ou pouco agressivo.

Baseado no resultado desses testes, nós podemos dizer se o paciente pode ou não seguir o protocolo de vigilância ativa.


Então aqui para mostrar para vocês como é que é o resultado do teste.

Esse aqui é um Oncotype de baixo risco e esse aqui foi um paciente que veio um Oncotype de alto risco.


Então esse aqui foi para cirurgia, não foi para vigilância e esse aqui ficou na vigilância ativa.

Então, um teste interessante.


Bom, para o vídeo não ficar muito longo, eu fico por aqui.

Se você quiser saber um pouco mais sobre o meu trabalho e da minha equipe, eu sou Bruno Benigno, diretor da clínica Uro Onco aqui em São Paulo e um dos urologistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.


Acesse o nosso site que é www.clinicauruonco.com.br ou nos siga nas redes sociais, no Instagram onde somos mais ativos,@dr_benigno.

Vai ser um prazer interagir com você.

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Obrigado mais uma vez pela sua atenção e até a próxima!

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