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Câncer de Bexiga. Avanços no tratamento.


O câncer de bexiga costuma ser uma doença de início silencioso e o diagnóstico ocorre na maioria das vezes através de exames de rotina. 

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 6.690 casos foram diagnosticados em 2018, correspondendo a 3% de todos os casos de câncer no Brasil.(1)

A incidência da doença ocorre na proporção de 3 homens para cada 1 mulher e o tabagismo é o principal fator de risco. 

Na maior parte dos casos o câncer de bexiga é diagnosticado em um estágio em que a doença é superficial, o que aumenta as chances de cura.(2)

Uma vez detectado, o urologista se certifica, utilizando exames de imagem de alta definição, de que a doença não compromete outros órgãos.

Caso se trate de uma forma superficial, uma raspagem com auxílio de uma microcâmera introduzida através da uretra (sob anestesia) e a aspiração dos fragmentos é a estratégia mais utilizada. 

Em alguns casos, o urologista pode utilizar a imunoterapia com BCG para estimular o sistema imune dentro da bexiga, diminuindo assim a chance da doença retornar ou se tornar invasiva.(3)

Em 20% dos casos, o câncer de bexiga já é diagnosticado em um estágio de comprometimento mais profundo da parede do órgão ( o músculo detrusor), o que aumenta as chances das células do câncer ganharem a corrente sanguínea e comprometerem outros órgãos. Neste estágio, a remoção completa da bexiga é a estratégia mais utilizada e com maior chance de cura.(4)


Pesquisadores do Massachusetts General Hospital (Boston - EUA) vem aprimorando estratégias de preservação da bexiga neste cenário, com a utilização combinada de radioterapia e quimioterapia. Os resultados vem se mostrando promissores e com resultados ligeiramente inferiores quando comparados à cirurgia e em pacientes selecionados.(5)

A imunoterapia vem ganhando espaço no tratamento do câncer de bexiga disseminado (com metástases) mas até o momento não temos resultados definitivos para sua utilização em pessoas com doença localizada e superficial.(6)


A boa notícia é que novas técnicas de diagnóstico e estratégias combinadas de tratamento estão cada vez mais próximas da realidade.(7,8) Isto leva esperança e entusiasmo a todos os médicos, pacientes e familiares envolvidos na batalha contra o câncer de bexiga. 

Hábitos alimentares saudáveis, atividades físicas, não fumar e fazer sua avaliação médica periódica são medidas de ouro no combate ao câncer de bexiga e outras doenças.


Cuide do seu bem maior. Sua saúde.


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1. Estatísticas do Câncer no Brasil em 2018 - INCA [Internet]. Disponível em: https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer

2. Siegel RL, Miller KD, Jemal A. Cancer statistics, 2019: Cancer Statistics, 2019. CA Cancer J Clin. janeiro de 2019;69(1):7–34.

3. Oddens J, Brausi M, Sylvester R, Bono A, van de Beek C, van Andel G, et al. Final Results of an EORTC-GU Cancers Group Randomized Study of Maintenance Bacillus Calmette-Guérin in Intermediate- and High-risk Ta, T1 Papillary Carcinoma of the Urinary Bladder: One-third Dose Versus Full Dose and 1 Year Versus 3 Years of Maintenance. Eur Urol. março de 2013;63(3):462–72.

4. Antoni S, Ferlay J, Soerjomataram I, Znaor A, Jemal A, Bray F. Bladder Cancer Incidence and Mortality: A Global Overview and Recent Trends. Eur Urol. janeiro de 2017;71(1):96–108.

5. Giacalone NJ, Shipley WU, Clayman RH, Niemierko A, Drumm M, Heney NM, et al. Long-term Outcomes After Bladder-preserving Tri-modality Therapy for Patients with Muscle-invasive Bladder Cancer: An Updated Analysis of the Massachusetts General Hospital Experience. Eur Urol. junho de 2017;71(6):952–60.

6. Necchi A, Anichini A, Raggi D, Briganti A, Massa S, Lucianò R, et al. Pembrolizumab as Neoadjuvant Therapy Before Radical Cystectomy in Patients With Muscle-Invasive Urothelial Bladder Carcinoma (PURE-01): An Open-Label, Single-Arm, Phase II Study. J Clin Oncol. dezembro de 2018;36(34):3353–60.

7. Yoshida T, Kates M, Fujita K, Bivalacqua TJ, McConkey DJ. Predictive biomarkers for drug response in bladder cancer. Int J Urol [Internet]. agosto de 2019 [citado 5 de agosto de 2019]; Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/iju.14082

8. Loriot Y, Necchi A, Park SH, Garcia-Donas J, Huddart R, Burgess E, et al. Erdafitinib in Locally Advanced or Metastatic Urothelial Carcinoma. N Engl J Med. 25 de julho de 2019;381(4):338–48.

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