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RTU de Bexiga | Clinica Uro Onco Clínica Urologia e Oncologia | São Paulo

RTU de Bexiga (Ressecção Trans-Uretral) de tumores na bexiga
[Raspagem sem a remoção do órgão]

Orientações gerais e importantes antes da cirurgia

Antes da cirurgia:

- Na internação hospitalar, leve todos os exames realizados para a cirurgia.
- O jejum para a cirurgia deve ser de pelo menos 8 horas, incluindo água.
- Não há necessidade de raspagem dos pêlos do abdômen e região pubiana (tricotomia) em casa.
- Alergias a medicamentos, látex, alimentos e outros devem ser informados a equipe médica e de enfermagem no momento da internação.
- Medicações anti-hipertensivas (remédios para pressão alta) devem ser tomados até mesmo no dia da cirurgia com a mínima quantidade de água para engoli-los.

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- Algumas medicações devem ser interrompidas previamente a cirurgia:
- Hipoglicemiantes orais (remédios para diabetes) devem ser suspensos na véspera da cirurgia.
- Antiagregantes plaquetários como ácido acetilsalicílico (AAS®, Somalgin®, etc.) e clopidogrel (Plavix®, etc.) devem ser suspensos pelo menos 7 dias antes da cirurgia se o paciente fizer uso de apenas uma destas medicações. Se utilizar as duas medicações, o uso deve ser interrompido 10 dias antes do procedimento cirúrgico.
- Pacientes que utilizam anticoagulantes como Varfarina (Marevan®) ou Rivaroxabana (Xarelto®) devem interromper a medicação por 5 e 3 dias, respectivamente. Neste período, alguns pacientes necessitarão utilizar Enoxaparina Sódica ou Heparina Não-fracionada até a véspera da cirurgia.

Após a cirurgia:

- Após o retorno da cirurgia para o quarto, quando o paciente já estiver bem acordado, poderá se alimentar com a dieta prescrita pela equipe médica. A alimentação deverá ser feita de acordo com a aceitação do paciente. Neste momento, é possível sair do leito para pequenas caminhadas no quarto, sempre com auxílio de um familiar ou membro da equipe de enfermagem.
- Naqueles pacientes em que se identifica lesão na bexiga com necessidade de biópsia e/ou ressecção (raspagem) será necessário o uso de sonda urinária de 3 vias aplicada na bexiga. Em uma das vias é infundido soro fisiológico contínuo para impedir a formação de coágulos e a possível obstrução da sonda vesical. Durante o período de internação, os cuidados com estes dispositivos serão feitos pela equipe médica e de enfermagem.
- O tempo de internação hospitalar, em geral, varia de 1 a 3 dias.
- Geralmente, a sonda vesical é retirada no momento da alta hospitalar. Em situações específicas, que serão orientadas pelo seu médico, pode ser necessário permanecer com a sonda após a alta.

Após a alta hospitalar:

Após a alta hospitalar:

- Após a retirada da sonda vesical sintomas como disúria (ardência ou dor ao urinar) e urgência (forte vontade de urinar) são comuns nos primeiros dias e tendem a diminuir progressivamente.
- Pequenos sangramentos ao urinar são comuns nos primeiros dias. Entretanto, deve-se ter atenção em casos de sangramento com maior volume e/ou eliminação de coágulos. Neste caso, dirija-se a emergência do Hospital onde foi operado(a).

Alimentação:

- Não existem restrições alimentares específicas, devendo o paciente se alimentar de forma saudável.
- Líquidos (água, chá e sucos naturais) podem ser ingeridos de maneira abundante.

Cuidados com sonda vesical, bolsa coletora de urina:

​- Ocasionalmente, o paciente pode receber alta hospitalar com a sonda vesical. Esta sonda não exige qualquer cuidado especial e deve, preferencialmente, permanecer fixada a coxa ou abdômen. Água e sabão podem ser aplicados livremente na região, no momento do banho.
- Em hipótese alguma a bolsa coletora deve ser desconectada da sonda vesical.
- A bolsa coletora deve permanecer sempre abaixo do nível da bexiga, ou seja, abaixo do nível da cintura, para facilitar o escoamento da urina. Quando o paciente estiver sentado, a bolsa pode ser colocada sobre o chão.

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- A bolsa coletora de urina deve ser esvaziada 4 a 5 vezes ao dia ou sempre que estiver cheia.

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- Até a retirada da sonda, pequenas quantidades de sangue podem ser eliminadas na urina (bolsa coletora) ou em torno da sonda, pelo canal da uretra, geralmente quando são feitos movimentos ou pequenos esforços. Ocasionalmente, pode escapar, também ao redor da sonda, urina em grande quantidade. Isto, geralmente, não tem qualquer significado e, em geral, surge quando a sonda está dobrada e não permite o escoamento de urina. Quando isto ocorrer, deve-se inspecionar a posição da sonda, verificando se a mesma não está dobrada ou com o clampe fechado.​

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​- A drenagem de urina pela sonda para a bolsa coletora é feita de maneira contínua. Caso você perceba sensação progressiva de bexiga cheia e vontade de urinar e observe que não está havendo drenagem de urina pela sonda, deve verificar se a mesma não está dobrada ou com o clampe fechado. Caso a sonda persista sem drenagem, isto pode significar obstrução da sonda por um coágulo, por exemplo, e você deve entrar em contato com a equipe médica e dirigir-se diretamente a emergência do Hospital onde foi operado(a).

Atividades Físicas:

​- Nas primeiras 2 semanas após a cirurgia, o paciente deve manter repouso relativo, evitando atividades profissionais intensas, carregar pesos e executar qualquer tipo de exercício físico intenso. Entretanto, neste período, é importante que o paciente se movimente de maneira cuidadosa, estando liberado para caminhadas diárias cuidadosas.
- Após 2 semanas de cirurgia, o paciente poderá realizar atividades suaves como caminhadas pouco mais longas. Atividades profissionais que não exijam esforço físico podem ser retomadas se o paciente desejar. Até a sexta semana de cirurgia deve-se evitar atividades mais exaustivas como, por exemplo, corridas, flexões abdominais, jogos de tênis e futebol, cavalgada, bicicleta ou ginástica que implique em esforço muscular mais acentuado.

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- O paciente é liberado para dirigir veículos automotores, em geral, após a terceira semana de pós-operatório.
- Após a alta, o paciente pode subir e descer escadas de maneira cuidadosa.
- Atividade sexual pode ser reiniciada cerca de 30 dias após a intervenção cirúrgica, devendo-se ter em mente que as primeiras experiências poderão ser acompanhadas de algum desconforto na região genital.

Medicações:

- No momento da alta, você será orientado sobre as medicações que utilizará em casa. Em geral, são prescritos analgésicos para dores leves e outras medicações sintomáticas. Antibióticos são utilizados apenas de maneira profilática antes da cirurgia e não são prescritos para casa a não ser em casos selecionados que a equipe médica julgue necessário.

Atenção: 

Em caso de dores intensas que não melhore com os analgésicos prescritos, sangramentos importantes na urina, febre, falta de ar associada a dor durante a respiração, mal-estar associado a queda da pressão ou qualquer outra complicação ou dúvida, dirija-se diretamente a emergência do Hospital onde foi operado(a).
- Observação: Estas são informações que servem como orientações gerais para o paciente. Não substitui a orientação pessoalmente dada pelo médico assistente e que deve ser individualizada de acordo com características do paciente, de sua doença e da operação programada.

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