
História da Cirurgia Robótica
A cirurgia robótica é uma técnica cirúrgica que utiliza robôs controlados pelo cirurgião para realizar procedimentos cirúrgicos. Essa tecnologia foi desenvolvida no início dos anos 1990 e vem sendo cada vez mais utilizada em diversas áreas da medicina, incluindo a urologia, a cirurgia geral, a ginecologia e a oncologia.
A primeira cirurgia robótica foi realizada em 1985, mas foi apenas em 2001 que o sistema robótico da empresa americana Intuitive Surgical, o Da Vinci, foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos. O Da Vinci foi o primeiro sistema robótico a ser aprovado para uso clínico e foi utilizado pela primeira vez para realizar uma prostatectomia radical (remoção da próstata) em 2001.
Desde então, a cirurgia robótica tem ganhado cada vez mais espaço no tratamento de diversas condições médicas, devido a vários fatores, incluindo:
Precisão: os robôs são capazes de realizar movimentos precisos e controlados, o que pode levar a resultados mais precisos do que os realizados por mãos humanas.
Menos trauma cirúrgico: a cirurgia robótica utiliza incisões menores do que as cirurgias convencionais, o que pode levar a menos dor e tempo de recuperação para o paciente.
Melhor visualização: os sistemas robóticos são equipados com câmeras de alta definição que fornecem uma visão ampliada da área cirúrgica, o que pode ajudar os cirurgiões a realizar procedimentos mais precisos.
A urologia é uma das especialidades médicas que mais utilizam a cirurgia robótica, principalmente para procedimentos como prostatectomias, nefrectomias (remoção de rins) e cistectomias (retirada total da bexiga). No Brasil, a cirurgia robótica tem sido cada vez mais utilizada em hospitais de todo o país, e muitos médicos têm adquirido treinamento específico em cirurgia robótica para aprimorar suas habilidades em utilizar essa tecnologia
Precisão: A cirurgia robótica permite que os cirurgiões façam incisões mais precisas e controlem melhor os instrumentos cirúrgicos. Isso pode levar a resultados cirúrgicos mais precisos e menos complicações.
Controle remoto: Com a cirurgia robótica, os cirurgiões podem controlar os instrumentos cirúrgicos a partir de um console, o que pode permitir maior precisão e flexibilidade durante a cirurgia.
Menos dor: A cirurgia robótica geralmente resulta em menos dor pós-operatória em comparação com a cirurgia aberta, pois as incisões são menores e há menos danos aos tecidos circundantes.
Menor tempo de recuperação: A cirurgia robótica geralmente resulta em um tempo de recuperação mais curto do que a cirurgia aberta, pois as incisões são menores e há menos danos aos tecidos circundantes.
Menos cicatrizes: A cirurgia robótica geralmente resulta em cicatrizes menores em comparação com a cirurgia aberta, pois as incisões são menores.
Menos sangramento: A cirurgia robótica geralmente resulta em menos sangramento durante e após a cirurgia em comparação com a cirurgia aberta.
Maior flexibilidade: A cirurgia robótica permite que os cirurgiões realizem procedimentos em áreas de difícil acesso de outra forma, como a próstata. Além disso, a cirurgia robótica permite que os cirurgiões visualizem a área cirúrgica com mais detalhe, o que pode levar a resultados mais precisos.
Custo: A cirurgia robótica pode ser mais cara do que a cirurgia tradicional, pois exige o uso de equipamentos especiais e treinamento especializado para os cirurgiões.
Disponibilidade limitada: A cirurgia robótica ainda não está disponível em todos os hospitais e pode não ser uma opção para todos os pacientes.
Dependência de tecnologia: A cirurgia robótica depende da tecnologia para funcionar corretamente, e problemas técnicos podem atrasar ou até mesmo interromper a cirurgia. Além disso, os cirurgiões precisam estar familiarizados com o uso da tecnologia para realizar a cirurgia de forma eficaz.
Os custos envolvidos em uma cirurgia robótica podem variar dependendo do tipo de procedimento realizado, do local onde a cirurgia é realizada e de outros fatores. Alguns dos custos que podem estar envolvidos em uma cirurgia robótica incluem:
Honorários do cirurgião: O cirurgião responsável pelo procedimento pode cobrar honorários separados pelo uso da tecnologia robótica.
Custo do equipamento: O uso da tecnologia robótica exige o uso de equipamentos especiais, como o sistema robótico Da Vinci. Estes equipamentos podem ser caros de adquirir e manter.
Custos hospitalares: Os custos hospitalares, como a sala de cirurgia, o anestesista e o pessoal médico, também podem ser incluídos no custo total da cirurgia robótica.
Custos de medicamentos: Os medicamentos que são administrados durante e após a cirurgia também podem ser incluídos no custo total da cirurgia.
É importante lembrar que os custos da cirurgia robótica podem ser cobertos pelo seguro de saúde, dependendo das coberturas do plano e da disponibilidade de recursos. É importante verificar com o seu segurador de saúde antes da cirurgia para entender quais custos serão cobertos.
Prostatectomia Robótica
Também conhecida como cirurgia robótica, é a técnica minimamente invasiva que utiliza um equipamento de braços mecânicos de alta precisão, controlados por um cirurgião, através de um console com controles manuais e visão tridimensional.
A tecnologia com braços robóticos surge com o objetivo de melhorar as limitações encontradas durante a técnica tradicional de cirurgia aberta ou laparoscópica.
O equipamento permite uma ampla combinação de movimentos que superam a amplitude da mão humana.
Na cirurgia minimamente invasiva assistida por robótica o cirurgião controla indiretamente os braços do equipamento que estão acoplados diretamente às pinças cirúrgicas introduzidas através da parede abdominal do paciente.
O equipamento permite uma visão tridimensional do campo operatório, além de conferir uma ampla liberdade de movimentos e controle da câmera de cirurgia, evitando os tremores e mantendo a distância confortável do órgão a ser operado.
A cirurgia robótica surgiu nos Estados Unidos e ganhou ampla aceitação a partir dos anos 2000. Em 2018 aproximadamente 3500 equipamentos robóticos estão em operação naquele país e mais de 90% de todos os procedimentos para tratamento do câncer de próstata são realizados através desta técnica.
Inicialmente desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos para uso em aplicações militares no campo de batalha, a tecnologia robótica foi adaptada para uso civil através dos esforços empresariais de duas corporações rivais, Intuitive Surgical e Computer Motion. Essas empresas desenvolveram simultaneamente interfaces robóticas para uso em aplicações cirúrgicas humanas. A Computer Motion, introduziu o Sistema Cirúrgico Zeus aproximadamente ao mesmo tempo em que a Intuitive Surgical, desenvolveu seu Sistema Cirúrgico da Vinci.
Ambas as tecnologias dependiam fortemente de uma interface laparoscópica paciente-robô na qual os instrumentos eram colocados através de pequenos orifícios de acesso implantados na pele do paciente. O campo de trabalho foi mantido predominantemente por insuflação da cavidade peritoneal com dióxido de carbono. Posteriormente, a Intuitive Surgical adquiriu a Computer Motion, consolidando a tecnologia cirúrgica robótica e tornando a Intuitive Surgical, a única fornecedora de tecnologia robótica avançada para uso em procedimentos cirúrgicos humanos.
Várias outras empresas também desenvolvem e fabricam tecnologia cirúrgica robótica, incluindo braços robóticos para câmeras laparoscópicas ou como parte de sistemas minimamente invasivos integrados, mas nenhuma dessas tecnologias rivais representa até o momento um competidor real à engenharia robótica da Intuitive Surgical.
No Brasil, a utilização dos sistemas robóticos vem ganhando espaço na última década. Contudo, os elevados custos e a não cobertura pelos planos de saúde e sistema público ainda limitam a sua ampla utilização.
A tecnologia robótica até o momento está restrita a grandes centros e algumas capitais do Brasil. Além disso, ainda há um número limitado de Cirurgiões capacitados e habilitados para a realização desses tipos de procedimentos .
O principal objetivo do equipamento é reduzir ou eliminar o trauma tecidual tradicionalmente associado à cirurgia aberta, além de propiciar o menor tempo de internação hospitalar, menor necessidade de utilização de medicações analgésicas e menor sangramento durante a cirurgia.
Para o tratamento das doenças urológicas, a cirurgia robótica é mais amplamente utilizada para realização da prostatectomia radical. Outros tipos de tratamento também são possíveis, como a nefrectomia(retirada do rim, etc.) para o tratamento do câncer.
A literatura médica ainda é controversa a respeito do real benefício da ampla adoção da cirurgia robótica para o tratamento do câncer de próstata. Isso se deve por não haver indícios de maior possibilidade de cura utilizando esse método quando comparado a cirurgia aberta tradicional.
A vantagem da cirurgia de próstata com robótica parece residir em uma recuperação da continência urinária mais precoce, menor tempo de utilização de sonda na uretra após a cirurgia, menor trauma cirúrgico e menor quantidade de sangramento. Alguns estudos com um número limitado de casos sugerem melhores índices de recuperação da potência sexual a favor da prostatectomia robótica.
Em nosso país, os custos elevados do procedimento ainda são fatores limitantes.