top of page
Foto do escritorDr. Bruno Benigno

Câncer de Próstata: PSA, Invasão vascular, linfática, neural e Tratamentos




O câncer de próstata é uma doença complexa que pode se manifestar de diferentes formas e exigir tratamentos variados. Neste artigo, vamos abordar as dúvidas mais comuns relacionadas à invasão vascular e linfática, PSA após radioterapia, bloqueio hormonal e reposição de testosterona. As informações a seguir são baseadas no conteúdo de um vídeo apresentado pelo Dr. Bruno Benigno, cirurgião urologista e oncologista.




Invasão Perineural, Linfática e Vascular


O câncer de próstata pode se disseminar para outras partes do corpo de três maneiras principais:


1. **Invasão Perineural**: Ocorre quando o câncer infiltra os nervos ao redor da próstata. Essa forma de invasão é considerada a menos grave, pois os nervos são estruturas sólidas e oferecem mais resistência à disseminação das células cancerígenas.

2. **Invasão Linfática**: Nesta forma, o câncer atinge os vasos linfáticos, que transportam linfa pelo corpo. A invasão linfática aumenta o risco de que as células cancerígenas se espalhem para outras regiões, embora os vasos linfáticos apresentem um fluxo mais lento, o que pode limitar a disseminação.

3. **Invasão Vascular**: A forma mais perigosa, pois as células cancerígenas entram nos vasos sanguíneos e podem ser transportadas rapidamente para outras partes do corpo, aumentando significativamente o risco de metástase. Quando a invasão vascular é detectada, o câncer é considerado mais agressivo.


PSA Após Radioterapia e o Conceito de PSA Nadir


O PSA (Antígeno Prostático Específico) é uma proteína produzida pela próstata que pode ser medida no sangue. Após a radioterapia, o PSA costuma diminuir, mas raramente chega a zero. Esse valor mínimo, chamado de PSA Nadir, é importante para acompanhar a evolução do paciente.


- **PSA Nadir**: Indica o menor valor de PSA atingido após a radioterapia. Se o PSA do paciente sobe dois pontos ou mais em relação ao Nadir, há indícios de que o câncer pode ter voltado. Para homens que fizeram radioterapia, um PSA entre 0,5 e 1,5 é considerado dentro da faixa de normalidade, ao contrário daqueles que fizeram prostatectomia (remoção da próstata), para quem o PSA deve ser inferior a 0,2.


Bloqueio Hormonal: Benefícios e Riscos


O bloqueio de testosterona é uma estratégia comum para tratar o câncer de próstata, pois a testosterona pode estimular o crescimento do tumor. No entanto, essa abordagem tem suas desvantagens, especialmente para pacientes com problemas cardíacos:


- **Risco Cardiovascular**: Homens submetidos ao bloqueio de testosterona enfrentam um risco aumentado de eventos cardiovasculares, como infarto e AVC. Por isso, o acompanhamento com um cardiologista é essencial. Pacientes com hipertensão, diabetes ou outras condições cardiovasculares preexistentes devem ser monitorados de perto.


Reposição de Testosterona Após o Tratamento do Câncer de Próstata

Por muitos anos, a reposição de testosterona foi completamente desaconselhada para homens que já tiveram câncer de próstata. Contudo, estudos recentes indicam que, para alguns pacientes, a reposição pode ser segura, desde que respeitem certas condições:


- **Critérios de Segurança**: A reposição de testosterona é considerada segura para homens que:

- Já estão livres do câncer há pelo menos dois anos.

- Têm níveis baixos de testosterona (inferiores a 250 ng/dL) ou apresentam sintomas como perda de libido e dificuldades de ereção, associados a níveis de testosterona abaixo de 400 ng/dL.

- Não tiveram um câncer agressivo, ou seja, Gleason 8, 9 ou 10, nem evidências de ruptura da cápsula prostática.


Para esses homens, a reposição de testosterona pode melhorar a qualidade de vida sem aumentar significativamente o risco de recorrência do câncer. Contudo, o PSA deve ser monitorado mensalmente para garantir que não haja sinais de recidiva.


Estadiamento e Monitoramento de Pacientes de Alto Risco

Pacientes com PSA elevado, especialmente acima de 20, são classificados como de alto risco para metástase. Nesses casos, um acompanhamento mais rigoroso é necessário, incluindo exames de imagem, como o PET-Scan com PSMA, para avaliar a disseminação do câncer. Esses exames ajudam a detectar metástases em estágio inicial e guiar a estratégia de tratamento, que pode incluir cirurgia, radioterapia ou uma combinação de ambas.


Conclusão

O câncer de próstata é uma doença que exige cuidados individualizados e um acompanhamento constante. O entendimento sobre a evolução do PSA, o risco de invasão vascular, linfática e perineural, e os tratamentos hormonais deve ser discutido detalhadamente com o médico, que vai pesar os riscos e benefícios de cada abordagem com base no perfil de cada paciente. A reposição de testosterona, por exemplo, pode ser uma opção viável para alguns homens, desde que monitorada de forma rigorosa.


Ficar atento a cada detalhe do tratamento e às mudanças nos exames é fundamental para garantir uma melhor qualidade de vida aos pacientes com câncer de próstata.


---


🔸 Contato: ☎ (11) 2769-3929 📱 (11) 99590-1506 | WhatsApp: 📲 [Link Direto](https://bit.ly/2OIObBx)

💻 [www.clinicauroonco.com.br](https://www.clinicauroonco.com.br) | [Agende sua consulta](http://bit.ly/2WMMiCI)

📍 R. Borges Lagoa 1070, Cj 52, Vila Mariana - São Paulo - SP


Somos especialistas em uro-oncologia e cirurgia robótica, atendendo pacientes de todo o Brasil. Entre em contato com nossa equipe pelo site, telefone ou WhatsApp para agendar uma consulta presencial ou por teleatendimento.


Considere se tornar um membro do nosso canal no YouTube. Temos uma live semanal para tirar dúvidas sobre câncer de próstata, além de conteúdos exclusivos para assinantes. [Clique aqui para se tornar um membro](https://bit.ly/YouTube_Membro_Exclusivo).


Dr. Bruno Benigno | Urologista | CRM SP 126265 | RQE 60022

Equipe da Clínica Uro Onco - São Paulo - SP

12 visualizações0 comentário

Commentaires

Noté 0 étoile sur 5.
Pas encore de note

Ajouter une note
bottom of page