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Câncer de Próstata: Avanços no Tratamento e Qualidade de Vida Discutidos no Onconecta 2025

Atualizado: 15 de jun.

Em um cenário onde o câncer de próstata desafia médicos e pacientes com dilemas cada vez mais complexos, eventos como o Onconecta se tornam fundamentais. Durante os dias 13 e 14 de junho de 2025, no Rio de Janeiro, especialistas de toda a América Latina se reuniram para discutir não apenas avanços científicos, mas uma nova forma de cuidar: mais personalizada, multidisciplinar e centrada no paciente. Neste artigo, compartilho os principais aprendizados e insights que vivi como palestrante e participante ativo desse simpósio transformador.


Onconecta 2025: A Nova Era no Cuidado com o Câncer de Próstata


Por Dr. Bruno Benigno

Se há uma palavra que define o atual momento do tratamento do câncer de próstata, ela é integração. Integração entre especialidades, entre tecnologia e humanização, entre ciência e sensibilidade clínica. E foi exatamente esse o espírito que permeou o Onconecta — simpósio latino-americano que reuniu, no Rio de Janeiro, grandes nomes da urologia, oncologia, medicina nuclear, geriatria e cardiologia.


Tive a honra de participar desse evento não apenas como expectador, mas como agente ativo das discussões mais atuais que estão moldando o futuro do cuidado com nossos pacientes.

A revolução dos biomarcadores e da inteligência artificial

Logo na abertura, o oncologista Dr. Pedro Barata apresentou um panorama do que há de mais inovador no diagnóstico e tratamento do câncer de próstata. O destaque ficou para plataformas como o ArteraAI, que combinam algoritmos de inteligência artificial com lâminas histológicas para prever desfechos com mais precisão do que o PSA isolado. Em um futuro muito próximo, decisões antes baseadas em médias populacionais serão substituídas por estratégias verdadeiramente personalizadas.


Estudos como o Decipher, que analisa o transcriptoma tumoral, estão ajudando a refinar o risco de recorrência e definir quem realmente se beneficia de terapias mais intensas. Essa precisão permite poupar efeitos colaterais desnecessários e direcionar recursos para onde realmente fazem diferença.


Terapias combinadas e o fim da abordagem única

Uma das grandes mensagens do evento foi clara: não existe mais um único caminho para tratar o câncer de próstata. A prática clínica exige, hoje, uma arquitetura de decisão que leva em conta volume tumoral, comorbidades, idade e até mesmo variantes genéticas, como BRCA e PTEN.

No cenário metastático hormônio-sensível, discutiu-se amplamente o uso de terapias combinadas com Darolutamida, Enzalutamida e Abiraterona, inclusive em pacientes idosos. Estudos como ARASENS e ARANOTE confirmam que o benefício dessas drogas não está restrito a jovens com bom estado geral. Aliás, o workshop geriátrico e cardiológico do simpósio enfatizou que idade cronológica não é mais o fator decisivo — e sim a funcionalidade e a robustez global do paciente.


A força da oncogeriatria: o paciente no centro da estratégia

Em uma das sessões mais interativas do evento, liderada pelas médicas Lucila e Júlia, cardiologista, foi apresentado um caso emblemático de um paciente de 82 anos com câncer de próstata metastático. A discussão não girou em torno da melhor droga, mas da melhor abordagem para aquele paciente, com suas limitações, comorbidades e expectativas.

Foi nesse ponto que se destacou a Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) — uma espécie de “genoma clínico” do idoso oncológico. Estudos já demonstram que pacientes avaliados com a AGA têm melhores chances de completar o tratamento, menos toxicidades e maior qualidade de vida. A ferramenta G8, por exemplo, pode ser aplicada rapidamente na rotina clínica e serve como filtro eficaz para identificar pacientes frágeis que requerem planos mais cuidadosos.


Qualidade de vida não é luxo, é diretriz

Na lição dedicada ao manejo multidisciplinar, destaquei a importância de abordar desde o diagnóstico até os efeitos colaterais mais temidos, como incontinência urinária e disfunção erétil. Muitos pacientes chegam à consulta com medo de "perder sua masculinidade", de "usar fraldas", ou de não reconhecer o próprio corpo após o tratamento.

Nesse contexto, defendi o papel da fisioterapia pélvica precoce, da reabilitação peniana estruturada e do engajamento emocional do paciente. A cirurgia robótica, quando realizada por equipes experientes, permite melhores taxas de preservação de nervos e continência — mas isso precisa ser discutido com clareza e sensibilidade desde a primeira consulta.


Quando a ciência encontra a sensibilidade

Outro ponto alto foi a palestra do Dr. Fábio Schutz, que lembrou que os chamados Patient-Reported Outcomes (PROs) — ou relatos do próprio paciente sobre seu bem-estar — são, hoje, fundamentais para validar tratamentos. Afinal, uma droga que melhora exames, mas destrói a qualidade de vida, não é uma boa escolha.

Discutimos como tecnologias como Alexa, Apple Watch e até mesmo o ChatGPT vêm sendo incorporadas à rotina dos pacientes para entender, em tempo real, suas dores, angústias e reações ao tratamento. Isso transforma a relação médico-paciente em uma via de mão dupla, baseada em escuta ativa e tomada de decisão compartilhada.


O papel da América Latina na pesquisa global

Um dado que me impressionou positivamente: 25% dos pacientes do estudo ARASENS vieram da América Latina, incluindo o Brasil. Isso mostra não apenas nossa capacidade de participar da ciência de ponta, mas também que os dados estão cada vez mais próximos da nossa realidade clínica.

Durante o evento, discutimos como democratizar o acesso aos exames como o PET-PSMA, à genômica e às novas terapias combinadas, respeitando as diferenças de sistema de saúde entre os países da região.


Caminhos para o futuro

Ao final do simpósio, ficou evidente que estamos diante de uma virada histórica no cuidado com o câncer de próstata. A união entre tecnologia, medicina personalizada, escuta ativa do paciente e atuação multidisciplinar não é mais um ideal teórico — é uma realidade que já está salvando vidas e melhorando trajetórias.

Como urologista oncológico, com mais de 15 anos de experiência em cirurgia robótica e tratamento do câncer de próstata, sigo comprometido em trazer essas inovações para a prática clínica diária, em um ambiente acolhedor e com informação de qualidade.


Se você ou um familiar está passando por um diagnóstico de câncer de próstata e deseja saber mais sobre essas novas possibilidades de tratamento, entre em contato com nossa equipe. Estamos aqui para acolher, orientar e, principalmente, caminhar juntos rumo à cura com dignidade e ciência de ponta.


Dr. Bruno BenignoUrologista | Especialista em Câncer de PróstataCRM SP 126265 – Clínica Uro Onco | São Paulo, SP

www.clinicauroonco.com.br | Instagram: @drbrunobenigno


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Dr. Bruno Benigno | Urologista | CRM SP 126265 | RQE 60022

Equipe da Clínica Uro Onco - São Paulo - SP

 
 
 

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