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Avanços e Estratégias no Tratamento do Câncer de Próstata Avançado

O vídeo apresenta uma discussão detalhada sobre os avanços recentes no tratamento do câncer de próstata avançado, focando em estratégias de intensificação do tratamento. O apresentador, Dr. Bruno Benigno, urologista e diretor da Clínica Uru Onco em São Paulo, explora diferentes cenários de diagnóstico e abordagens terapêuticas, visando esclarecer o público não médico sobre as opções disponíveis e os desafios enfrentados pelos médicos na identificação dos pacientes que se beneficiariam de tratamentos intensificados.



Avanços e Estratégias

Até recentemente, o tratamento do câncer de próstata avançado era relativamente simples, com opções limitadas a bloqueio de testosterona para casos metastáticos e cirurgia ou radioterapia para doença localmente avançada. Contudo, em 2023, várias estratégias de intensificação do tratamento surgiram, visando aumentar as chances de cura dos pacientes. O desafio reside em identificar quais pacientes necessitam de tratamento intensificado.


Dr. Benigno detalha diferentes cenários da doença, desde o câncer confinado à próstata até metástases em ossos e outros órgãos. Ele explica conceitos como "Neo adjuvante", utilizado quando se deseja reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia ou radioterapia, e discute estudos que investigam a eficácia de diferentes abordagens terapêuticas em cada cenário.


Desafios no Tratamento

Os médicos enfrentam o grande desafio de identificar quais pacientes necessitam de intensificação do tratamento e quais podem evitar tratamentos mais rigorosos. O objetivo é proporcionar uma compreensão mais clara de quando combinar diferentes tratamentos, como cirurgia com radioterapia, bloqueadores de hormônio injetáveis com orais, quimioterapia com bloqueadores de hormônio, entre outros.

Cenários da Doença

O câncer de próstata pode ser categorizado em diferentes cenários, que ajudam os médicos a definir a abordagem de tratamento mais adequada:

  1. Cenário 1: A doença está confinada à próstata.

  2. Cenário 2: A doença rompeu a cápsula da próstata.

  3. Cenário 3: A doença atingiu os linfonodos.

  4. Cenário 4: A doença metastatizou para os ossos.

  5. Cenário 5: A doença espalhou para outros órgãos, como fígado e pulmão.

Estudos e Resultados

O médico apresenta uma série de estudos que exploram o uso de bloqueadores de testosterona e quimioterapia antes da cirurgia ou radioterapia. Os resultados são variados, com alguns estudos indicando benefícios significativos no controle da doença, enquanto outros não mostram ganho substancial. Dr. Benigno destaca a heterogeneidade dos estudos e a necessidade de mais pesquisas para padronizar as estratégias de tratamento.


Novas Perspectivas e Estudos Futuros

Estão em andamento dois estudos significativos que visam explorar o papel dos bloqueadores de testosterona, em particular a apalutamida, em combinação com outros tratamentos. O estudo Atlas e o estudo Proteus estão investigando a eficácia dessa combinação com radioterapia e cirurgia, respectivamente. Os resultados desses estudos, previstos para 2024, podem trazer novas luzes sobre estratégias de tratamento intensificado.

Personalização do Tratamento Cirúrgico

A decisão entre realizar uma cirurgia conservadora ou uma linfadenectomia estendida é influenciada pela probabilidade de envolvimento dos linfonodos. Ferramentas de cálculo online, como a disponibilizada pelo Memorial Sloan Kettering Cancer Center, ajudam os médicos a personalizar o tratamento, determinando a extensão da cirurgia necessária com base em diversos fatores do paciente.

Radioterapia e Bloqueio Hormonal

A combinação de radioterapia com bloqueio hormonal tem se mostrado eficaz, e estudos indicam que 18 meses de bloqueio hormonal podem ser tão eficazes quanto períodos mais prolongados, mas com menos efeitos colaterais. Além disso, a intensificação do tratamento, combinando radioterapia, bloqueador hormonal injetável e oral, mostrou-se promissora, aumentando a expectativa de sobrevivência dos pacientes.


Diversidade nos Cenários da Doença

Ao avançar para o cenário onde a doença atinge os linfonodos, mas ainda não metastatizou para os ossos, observa-se uma diversidade nos perfis dos pacientes. Este cenário é um divisor de águas no tratamento, pois enquanto a presença de metástases limita as opções de cura, a ausência delas ainda permite estratégias curativas. A compreensão dessa diversidade e a personalização do tratamento são essenciais, e novos estudos nessa área são antecipados.


Conclusão

A evolução no tratamento do câncer de próstata avançado é marcada pela inovação e pela busca contínua de estratégias mais eficazes e personalizadas. A combinação de diferentes modalidades de tratamento, a introdução de novas drogas e a personalização da abordagem cirúrgica são passos significativos nessa jornada. A expectativa é que os estudos em andamento tragam mais insights e opções de tratamento para melhorar ainda mais os resultados para os pacientes.


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