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Câncer de Próstata Avançado: Guia Completo para Entender e Escolher o Melhor Tratamento

Vídeo na íntegra. Aqui


Você ou alguém que você ama recebeu um diagnóstico de câncer de próstata avançado? 


Sentir-se perdido e cheio de perguntas é normal. Este é um desafio que afeta aproximadamente 30% dos homens diagnosticados com a doença. Mas imagine poder chegar à consulta com seu médico já com uma compreensão clara dos conceitos, opções e do raciocínio por trás de uma estratégia personalizada de tratamento.


Neste artigo, vamos desvendar o que significa ter um câncer de próstata que rompeu a cápsula da glândula e já atingiu os gânglios. Inspirados em um caso real e complexo (Gleason 9, T4 N1 M0), vamos explorar as nuances do diagnóstico e, o mais importante, as estratégias de tratamento que podem oferecer chances de cura, como cirurgia, radioterapia, bloqueadores hormonais e, em alguns casos, quimioterapia. Prepare-se para se informar e ter uma conversa mais assertiva com seu urologista ou oncologista.

O Desafio do Câncer de Próstata Avançado: Compreendendo o Diagnóstico


O câncer de próstata avançado é caracterizado por ter rompido a cápsula da próstata e/ou comprometido os gânglios linfáticos (linfonodos) próximos. Um diagnóstico como este pode gerar muitas dúvidas, mas a compreensão dos termos e do estágio da doença é o primeiro passo para um tratamento eficaz.


Vamos analisar um exemplo prático: um paciente de 77 anos, com histórico de aumento benigno da próstata em 2015, onde uma enucleação (remoção da parte interna da glândula) foi realizada. É crucial entender que, mesmo após esse procedimento, a cápsula da próstata permanece, e é nesta região periférica que 90% dos cânceres se originam. Por isso, o acompanhamento regular com exames de PSA e toque retal é indispensável.


No caso que inspirou esta discussão, o paciente retornou com sintomas urinários severos, como aumento da frequência noturna e jato fraco, e um PSA alarmante que chegou a 112 ng/ml (o normal é até 2,5-4).

Ferramentas de Diagnóstico Essenciais:


Para um diagnóstico preciso do câncer de próstata avançado, diversas ferramentas são utilizadas:

Exame de PSA: Níveis elevados são um sinal de alerta.

Toque Retal: Permite ao urologista sentir a próstata, identificando irregularidades ou sinais de ruptura da cápsula e disseminação.

Biópsia da Próstata: Confirma a presença de células cancerígenas e determina o Gleason Score, que avalia a agressividade do tumor (de 2 a 10, sendo 9 e 10 os mais agressivos). O paciente em questão apresentou um Gleason 9, indicando alta agressividade.

Ressonância Magnética da Próstata: Detalha a localização do tumor e se há infiltração em estruturas vizinhas, como a bexiga.

PET Scan PSMA: Um exame de imagem avançado que busca metástases, especialmente em ossos e gânglios linfáticos. Embora não seja coberto por todos os planos, é altamente recomendado para casos de Gleason alto (>9), toque retal suspeito ou PSA >20.

Neste caso de estudo, o PET Scan PSMA revelou comprometimento dos gânglios linfáticos (N1), mas não havia metástases nos ossos (M0), e o tumor havia invadido a bexiga (T4). Essa classificação (T4N1M0) é crucial para definir a estratégia terapêutica.


Opções de Tratamento para Câncer de Próstata Avançado: Um Dilema Personalizado


A escolha do tratamento para o câncer de próstata avançado é complexa e deve ser altamente individualizada, considerando não apenas a agressividade do câncer, mas também as condições clínicas do paciente e a probabilidade de complicações.


As diretrizes internacionais, como as da Sociedade Americana de Urologia (NCCN), indicam para casos de muito alto risco (como um T4N1M0 com Gleason 9) uma combinação de radioterapia externa, bloqueio de testosterona injetável (por 24 a 36 meses) e adição de abiraterona (bloqueador oral por 3 anos).

No entanto, essa abordagem padrão pode apresentar desafios significativos, especialmente para pacientes com comorbidades:

Sintomas Urinários: A radioterapia pode piorar sintomas urinários já severos, como no caso do paciente com IPSS de 18-22.

Infiltração da Bexiga: A radiação próxima ao colo da bexiga pode intensificar os desconfortos urinários.

Comorbidades: Pacientes hipertensos e diabéticos (como o paciente do caso, com pressão 190/140 e glicose 205) têm alto risco cardiovascular, que pode ser aumentado pelos bloqueadores de testosterona. A abiraterona, por exemplo, pode descontrolar o diabetes.


Diante desses desafios, a cirurgia (prostatectomia radical robótica) surge como uma alternativa. Ela permite a remoção do tumor com margens de segurança, incluindo as vesículas seminais e os gânglios linfáticos. Em até 20% dos casos, a cirurgia pode até mesmo evitar a necessidade de radioterapia ou bloqueio hormonal imediato. É importante notar que, em casos avançados com infiltração de nervos, a preservação da ereção pode não ser possível.


Importante: Riscos e Efeitos Colaterais Inerentes a Qualquer Tratamento


É fundamental entender que qualquer tratamento para câncer de próstata, seja cirurgia, radioterapia ou terapia hormonal, possui riscos e efeitos colaterais inerentes. A cirurgia, por exemplo, envolve risco anestésico (embora bem controlado hoje) e um período de reabilitação para a continência urinária. Já a radioterapia pode causar ou agravar sintomas urinários e, se o tumor persistir, não pode ser repetida no mesmo local, tornando a cirurgia de resgate muito mais difícil devido à adesão dos tecidos. As terapias hormonais podem ter impactos metabólicos e cardiovasculares. Por isso, a individualização e a discussão aprofundada com seu médico são cruciais para pesar os benefícios e os riscos de cada abordagem.


A Estratégia Personalizada: Um Caminho Multidisciplinar


Para garantir o melhor desfecho, a abordagem deve ser multidisciplinar:

1. Bloqueio Hormonal Inicial: Pode ser prescrito para conter o crescimento do tumor no curto prazo e ganhar tempo para outras avaliações.

2. Avaliação Multiprofissional: O paciente deve ser encaminhado a cardiologista (para avaliar risco cardiovascular), endocrinologista (para controlar o diabetes antes do tratamento hormonal ou cirurgia) e nutricionista (para otimizar a recuperação pós-operatória).

3. Definição da Abordagem Principal: Se o paciente for liberado pelos especialistas, a cirurgia robótica pode ser a preferência, visando remover o máximo de tumor e preservar o esfíncter urinário.

4. Acompanhamento Pós-Operatório: Monitoramento rigoroso do PSA. Se o PSA zerar e se mantiver controlado, apenas acompanhamento. Caso o PSA não zere ou comece a subir, pode ser necessário complementar o tratamento com radioterapia (em dose menor) e mais 6 a 12 meses de bloqueio de testosterona.


A chave para o sucesso é uma estratégia que busque resultados no curto prazo, mas que também preveja alternativas caso a primeira abordagem não seja suficiente. Seu médico avaliará três pilares essenciais: suas condições clínicas, a agressividade do câncer e a ausência de metástases, para desenhar o plano mais adequado para você.


Lembre-se: as informações aqui contidas são para fins educativos e não substituem a consulta médica. Sempre discuta seu diagnóstico e opções de tratamento com seu urologista ou oncologista.


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Dr. Bruno Benigno | Urologista | CRM SP 126265 | RQE 60022

Equipe da Clínica Uro Onco - São Paulo - SP


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