Laser, Vapor ou Clipes? Qual o Melhor Tratamento para a Sua Próstata em 2025?
- Dr. Bruno Benigno
- 30 de mai.
- 4 min de leitura
"Homens, atenção: novas técnicas prometem tratar o aumento da próstata com mais conforto, menos dor e recuperação mais rápida"
Você sabia que já é possível tratar o crescimento benigno da próstata sem cortes, com menos efeitos colaterais e com alta hospitalar no mesmo dia? Essa revolução foi tema de uma das sessões mais esperadas da Jornada Paulista de Urologia 2025, evento promovido pela Sociedade Brasileira de Urologia – Seção São Paulo, que reuniu os principais especialistas do país em Santos.
Participei do congresso como moderador e palestrante, conduzindo uma sessão inteiramente dedicada às técnicas minimamente invasivas (MISTs) no tratamento da HPB — condição que atinge até 70% dos homens acima dos 60 anos.
A seguir, destaco os principais avanços discutidos, e por que eles fazem diferença na vida de quem enfrenta sintomas urinários como jato fraco, urgência miccional e idas noturnas frequentes ao banheiro.
1. Cirurgia com laser: menos sangramento, mais precisão
Uma das técnicas debatidas foi o HoLEP (enucleação prostática com laser de hólmio), considerada padrão ouro para próstatas de grande volume. Apresentei as inovações na dissecção cirúrgica com laser:
Liberação tardia do ápice prostático para preservar o esfíncter urinário e evitar incontinência;
Uso de movimentos pendulares para manter o plano cirúrgico correto e controlar sangramentos;
Ajustes finos nos pulsos e potência do laser para equilibrar corte e coagulação;
Preservação da mucosa e cápsula prostática para reduzir riscos e melhorar recuperação.
Essa técnica, embora mais complexa, tem oferecido excelentes resultados de longo prazo com baixas taxas de reintervenção, especialmente em pacientes com próstatas acima de 80 gramas.
2. Técnicas ambulatoriais: menos invasão, mais qualidade de vida
Discutimos também procedimentos ambulatoriais como:
Rezum®: usa vapor de água para reduzir o tecido prostático. Tem bom perfil de segurança, mas exige sonda urinária por 5 a 7 dias. Ideal para pacientes com sintomas moderados a severos e que querem evitar cirurgia tradicional.
UroLift®: utiliza grampos para tracionar o tecido prostático, mantendo a uretra aberta sem remover tecido. Preserva a ejaculação e permite alta no mesmo dia, sem necessidade de sonda.
GreenLight XPS®: laser de alta potência que vaporiza o tecido prostático. Ótima alternativa à RTU convencional, com menos sangramento e menor tempo de internação.
Essas alternativas oferecem menor tempo de recuperação, menos efeitos colaterais e resultados funcionais satisfatórios em pacientes bem selecionados.
3. Como saber qual é o melhor tratamento?
Um dos pontos centrais da sessão foi justamente a importância de individualizar a decisão terapêutica. Hoje, avaliamos com maior precisão:
Anatomia da próstata por ressonância e ultrassom;
Padrão dos sintomas (obstrutivos x irritativos);
Capacidade de contração da bexiga (função vesical);
Preferências do paciente quanto à preservação da função sexual e tempo de recuperação.
Também mostramos casos clínicos reais, com avaliação endoscópica prévia (cistoscopia), análise do diâmetro prostático e uso de equipamentos específicos, como o kit descartável do Rezum, que aquece o vapor a 102°C para atingir a próstata a 72°C com segurança.
4. Tecnologia acessível e adaptada à realidade brasileira
Durante o debate com colegas urologistas, abordamos os desafios de trazer essas inovações para o contexto brasileiro, como:
Limitações de cobertura dos convênios;
Disponibilidade dos equipamentos em centros públicos;
Treinamento técnico para garantir excelência nos resultados;
Criação de protocolos para personalizar o tratamento em cada caso.
Finalizamos a sessão com vídeos comentados e troca de experiências clínicas entre especialistas, reforçando a necessidade de atualização constante e integração entre medicina pública e privada.
Conclusão: um novo tempo para o tratamento da próstata
A mensagem que levei à Jornada Paulista de Urologia é clara: os homens não precisam mais aceitar os efeitos colaterais das cirurgias tradicionais ou conviver com desconfortos urinários por anos.
A medicina evoluiu, e hoje é possível construir um plano de tratamento individualizado, seguro e eficaz, com base em dados, exames de imagem modernos e escuta ativa do paciente.
Se você ou alguém próximo está enfrentando sintomas urinários, saiba que existem opções — e muitas vezes, menos invasivas do que se imagina.
Gostaria de saber qual dessas técnicas pode ser ideal para você?Entre em contato com a minha equipe e agende sua avaliação. Vamos conversar com calma e escolher o melhor caminho para sua saúde urinária.
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Dr. Bruno Benigno | Urologista | CRM SP 126265 | RQE 60022
Equipe da Clínica Uro Onco - São Paulo - SP
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