No encontro anual da Associação Americana de Urologia (AUA) de 2023, realizado em Chicago, o Dr. Luigi Nocera apresentou um estudo que comparou dois tratamentos distintos para pacientes com câncer de bexiga invasivo. Esses tratamentos são a quimioterapia à base de cisplatina e a imunoterapia com pembrolizumabe.
A quimioterapia à base de cisplatina tem sido o tratamento padrão para pacientes com esse tipo de câncer (1). No entanto, recentemente, um estudo chamado PURE-01 (2) mostrou resultados promissores com o uso de pembrolizumab, que é uma droga imunoterápica.
O estudo realizado pelo Dr. Nocera e sua equipe analisaram dados de 346 pacientes divididos em dois grupos: 255 (74%) receberam quimioterapia e 91 (26%) receberam imunoterapia. Os resultados mostraram que a taxa de ausência de tumor no momento da cirurgia foi maior no grupo da imunoterapia (47%) em comparação ao grupo da quimioterapia (24%). A sobrevida livre de doença também foi melhor entre os pacientes tratados com imunoterapia.
Apesar dos avanços observados no estudo, ainda há incertezas sobre qual é o melhor tratamento para cada paciente. O estudo apresentado na AUA 2023 é apenas uma análise retrospectiva e trabalhos futuros são necessários para compreender melhor os resultados.
Em conclusão, os achados do estudo sugerem que a imunoterapia pode ser uma opção de tratamento promissora para alguns pacientes com câncer de bexiga invasivo. Futuros estudos randomizados e controlados devem ser realizados para confirmar os resultados e ajudar a identificar os pacientes que se beneficiaram mais com cada abordagem terapêutica.
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