A Verdade Sobre o Câncer de Próstata Que os Exames Não Mostram
- Dr. Bruno Benigno
- 5 de jun.
- 3 min de leitura
Com um PSA aparentemente normal, um paciente de 69 anos foi diagnosticado com um dos tipos mais agressivos de câncer de próstata. Nesta reportagem, o Dr. Bruno Benigno revela como a intuição clínica, tecnologia avançada e precisão cirúrgica mudaram o rumo da história de um homem que poderia ter sido apenas mais um número nas estatísticas oncológicas.
Um PSA de 3,6, um toque clínico e uma história que salvou uma vida
Por Dr. Bruno Benigno
SÃO PAULO — O número parecia inofensivo: PSA 3,6. Dentro do que muitos ainda consideram um "nível seguro" para homens da terceira idade. Mas como urologista com mais de duas décadas de experiência, aprendi que o câncer de próstata pode ser tão silencioso quanto fatal — e que a curva do PSA, e não apenas seu valor absoluto, conta uma história mais profunda.
Na consulta, o paciente de 69 anos relatava algo comum entre homens de sua idade: um jato urinário mais fraco. Nada além disso. Já utilizava finasterida e tansulosina há anos. Seu histórico familiar revelava indícios preocupantes — uma tia com câncer de mama, um irmão com câncer de bexiga. Foi durante o exame de toque retal que senti um nódulo duro no ápice direito da próstata. Um sinal sutil, mas contundente.
Recorri então à ressonância multiparamétrica. O exame revelou uma lesão classificada como PI-RADS 4, indicando alta suspeita de malignidade. Ainda assim, a cápsula da próstata permanecia intacta. Decidi, por segurança, realizar uma biópsia transperineal, mais segura e precisa.
O resultado foi inequívoco: Gleason 9 (5+4). Um dos cânceres de próstata mais agressivos que podemos encontrar.
Seguiram-se exames de estadiamento. Rejeitei a tradicional cintilografia óssea e optei por um PET-CT com PSMA, ferramenta moderna capaz de detectar metástases em tecidos moles e ossos com alta acurácia. Felizmente, não houve sinais de disseminação.
Com base em modelos preditivos do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, calculamos 94% de chance de cura após a prostatectomia radical. No entanto, o risco de necessidade de radioterapia complementar era de 40%.
Decidimos então por uma prostatectomia robótica com linfadenectomia pélvica estendida. A tecnologia robótica permitiu preservar estruturas fundamentais como esfíncter urinário e nervos da ereção. O paciente teve alta no dia seguinte e passou por reabilitação orientada, com uso de tadalafila e sildenafila, e cuidados pós-operatórios rigorosos.
Este caso reafirma a importância da avaliação individualizada, do olhar atento ao detalhe clínico e da integração entre tecnologia e experiência médica. Não foi o valor absoluto do PSA que salvou este paciente, mas a interpretação crítica e aprofundada de seus sinais.
Na medicina, a precisão é ciência — mas o instinto clínico, este é arte. E quando ambos se unem, o resultado pode ser vida.
Dr. Bruno Benigno é urologista em São Paulo, especializado em cirurgia robótica e diagnóstico precoce do câncer de próstata. Atende pacientes de todo o Brasil por teleconsulta e presencialmente.
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Dr. Bruno Benigno | Urologista | CRM SP 126265 | RQE 60022
Equipe da Clínica Uro Onco - São Paulo - SP
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