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Câncer de Próstata: A Importância Crucial da Revisão de Biópsia e do Tratamento Personalizado

Apresentamos hoje um estudo de caso que sublinha a vital importância da acurácia diagnóstica e da personalização no tratamento do câncer de próstata. No Brasil, esta neoplasia representa o segundo câncer mais comum entre homens, com aproximadamente 80.000 novos casos diagnosticados anualmente.


A experiência de João, um paciente de 48 anos, serve como um exemplo elucidativo da complexidade inerente à abordagem dessa doença e da necessidade de um olhar especializado em cada etapa do processo.

O Desafio do Diagnóstico Inicial: Um Olhar Crítico Essencial

João, um indivíduo jovem e fisicamente ativo, com 48 anos, notou uma elevação do seu PSA de rotina, atingindo 3.9 ng/mL (sendo o normal até 2.5 ng/mL). Este dado, associado a uma ressonância magnética que revelou um nódulo classificado como PI-RADS 4 (altamente suspeito), demandou uma investigação mais aprofundada, apesar de um toque retal normal e uma próstata de tamanho reduzido (15g). A discrepância entre um PSA elevado para uma próstata pequena foi um dos primeiros pontos de atenção.

A biópsia inicial, processada em um laboratório generalista, indicou um câncer de próstata de baixa agressividade, Gleason 3+3 (ou Gleason 6), comprometendo apenas 5% de um dos doze fragmentos retirados. Para muitos, este resultado poderia sugerir uma conduta de vigilância ativa. No entanto, a observação de discrepâncias entre os exames laboratoriais, de imagem e o laudo da biópsia inicial acendeu um alerta para nossa equipe de urologia oncológica.


A Revisão da Biópsia: Um Momento Decisivo no Percurso Terapêutico

"Um PSA muito alto para uma próstata tão pequena, uma ressonância mostrando um PI-RADS 4, mas uma biópsia indicando Gleason 6? Essa discrepância acendeu um alerta imediato", conforme a avaliação do especialista. É um princípio fundamental na medicina que patologistas especializados em próstata frequentemente oferecem um diagnóstico mais preciso do que um generalista, uma realidade que se estende a diversas áreas da medicina, incluindo radiologia e cirurgia.


Diante dessa incongruência, a decisão foi pela revisão do material da biópsia em um laboratório especializado. É importante ressaltar que o tecido da biópsia permanece armazenado por até cinco anos, uma obrigatoriedade laboratorial, o que permite essa revisão sem a necessidade de uma nova biópsia para o paciente.

O resultado da revisão foi conclusivo: o Gleason 6 inicial foi reclassificado como Gleason 3+4, ou Gleason 7, indicando uma agressividade média da doença. Essa mudança no diagnóstico alterou substancialmente a estratégia de tratamento. Se o diagnóstico inicial tivesse sido mantido, João poderia ter sido direcionado para um protocolo de vigilância ativa, o que implicaria em um atraso no tratamento curativo. A expertise e o critério de nossa equipe foram cruciais para assegurar que a conduta terapêutica fosse alinhada à real agressividade da doença, preservando a oportunidade de cura do paciente.


Fatores de Risco Adicionais e Abordagem Abrangente

A análise do caso de João estendeu-se além do câncer de próstata em si, considerando seu histórico familiar de múltiplas neoplasias (pulmão, intestino, fígado, tireoide, mama, pâncreas, ovário), que sugere um potencial risco genético aumentado. Adicionalmente, seu tabagismo desde a adolescência, embora não seja uma causa direta do câncer de próstata, é um fator que pode acelerar o crescimento da doença e piorar o prognóstico. O uso intermitente de reposição de testosterona, embora não cause câncer de próstata, exige monitoramento rigoroso do PSA, pois pode acelerar o crescimento da doença em indivíduos já predispostos.


Com o diagnóstico de Gleason 7, a equipe multidisciplinar – envolvendo patologistas e urologistas – optou pela cirurgia, a prostatectomia radical robótica, em virtude da idade de João e da doença estar localizada, conforme confirmado por um PET-CT que não revelou metástases.

Preparação Pré-Operatória e Estadiamento da Doença

O estadiamento do câncer é fundamental para definir o tratamento. Ele pode ser classificado em estágios:

  • localizado na próstata (estágio 1)

  • fora da cápsula (estágio 2)

  • com acometimento de gânglios linfáticos próximos (estágio 3)

  • com metástases em ossos ou outros órgãos (estágio 4, incurável mas controlável)


O estadiamento é realizado por exames de imagem como ressonância, tomografia, cintilografia óssea e, em alguns casos, PET-SCAN com PSMA. No caso de João, o PET-SCAN confirmou a doença localizada.


A preparação para a cirurgia de João, um paciente tabagista, incluiu uma avaliação cardiológica completa e fisioterapia respiratória pré-operatória (utilizando um espirômetro ou Respiron), visando fortalecer a musculatura torácica e minimizar riscos de complicações pulmonares pós-operatórias. As orientações de reduzir o tabagismo, praticar atividade física, manter uma dieta rica em fibras e boa hidratação complementaram o preparo.


A Cirurgia Robótica: Precisão e Eficácia

A prostatectomia radical robótica é um procedimento minimamente invasivo, realizado através de pequenas incisões abdominais. A cirurgia dura aproximadamente 1,5 a 2 horas, com alta hospitalar geralmente no dia seguinte. Durante o procedimento, são removidos a próstata, as vesículas seminais e, em alguns casos, gânglios linfáticos adjacentes. No caso de João, foi possível preservar bilateralmente os nervos da ereção e o esfíncter urinário, estruturas cruciais para a qualidade de vida pós-cirúrgica, dado que a ressonância não indicava invasão tumoral nessas áreas.


Pós-Operatório e Reabilitação

No pós-operatório imediato, o paciente utiliza uma sonda uretral por sete dias, essencial para a cicatrização da bexiga. O manejo inclui antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos, além de hidratação contínua. A fisioterapia precoce, com exercícios do assoalho pélvico e treino respiratório, é vital para uma recuperação eficaz e gradual retorno às atividades físicas em 10 a 45 dias.


É importante reconhecer que, embora a cirurgia robótica ofereça um alto potencial de cura e baixo risco de complicações, desafios podem surgir. A incontinência urinária (atingindo 3-4% dos pacientes, mas até 7% em fumantes) e a disfunção erétil (até 15%, mas 30% em fumantes) são riscos potenciais que são cuidadosamente gerenciados e tratados. O tabagismo, por exemplo, pode agravar esses resultados.

O acompanhamento pós-operatório de João incluirá dosagens de PSA a cada três meses nos primeiros dois anos, e a cada seis meses do terceiro ao quinto ano. Devido ao histórico familiar de neoplasias, ele também será monitorado para outros tipos de câncer, com exames preventivos como colonoscopia, avaliação pulmonar e ultrassom de tireoide.


Conclusão: A Personalização como Pilar do Tratamento Oncológico

A trajetória de João ilustra a importância da personalização do tratamento e da expertise clínica que nossa equipe oferece. Cada etapa, desde a avaliação inicial até a reabilitação, é conduzida com um olhar crítico, apoiado por tecnologia avançada e um profundo comprometimento com o bem-estar do paciente.


Nossos Principais Princípios e o Compromisso com Sua Saúde:

  • Análise Crítica da Biópsia: A necessidade de um cirurgião com discernimento para avaliar o laudo da biópsia em conjunto com os exames de imagem e o histórico do paciente, prevenindo diagnósticos imprecisos.

  • Preparo Otimizado: A implementação de um rigoroso preparo pré-operatório, incluindo fisioterapia pulmonar e respiratória, e avaliação cardiológica, particularmente para pacientes com fatores de risco como o tabagismo.

  • Avanço Tecnológico na Cirurgia: A preferência por técnicas cirúrgicas robóticas, que permitem precisão superior, com a possibilidade de preservar nervos da ereção e o esfíncter urinário sempre que clinicamente indicado.

  • Suporte Abrangente na Recuperação: A ênfase na mobilização precoce no pós-operatório e o fornecimento de apoio integral ao paciente ao longo de sua jornada de recuperação.


A tomada de decisão no tratamento do câncer de próstata é um processo complexo e intrinsecamente personalizado. Nosso objetivo é garantir que cada paciente receba o cuidado mais adequado, com a precisão e a dedicação que sua saúde merece.

Diante de um diagnóstico de câncer de próstata ou se você busca uma segunda opinião especializada, a escolha do parceiro certo para sua jornada de tratamento é fundamental.

Nossa equipe está preparada para fornecer a avaliação e o suporte que você necessita.

Entre em contato para agendar sua consulta e discuta as opções de tratamento com a confiança de uma abordagem centrada na sua saúde e individualidade. Sua tranquilidade e bem-estar são nossa prioridade.



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Dr. Bruno Benigno | Urologista | CRM SP 126265 | RQE 60022

Equipe da Clínica Uro Onco - São Paulo - SP


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