HOLEP ou Prostatectomia Robótica? Descubra qual é o melhor tratamento cirúrgico para HPB em casos avançados

Dr. Bruno Benigno
há 3 dias
3 min de leitura

Você sabia que existe um debate acalorado entre especialistas sobre qual é a melhor cirurgia para tratar a hiperplasia prostática benigna (HPB) de alto volume? De um lado, o HOLEP – com laser de alta precisão. Do outro, a robusta prostatectomia robótica. Ambos prometem alívio dos sintomas urinários e recuperação funcional, mas... qual oferece menos riscos, melhor recuperação e mais durabilidade? Neste artigo, você vai conhecer as evidências mais recentes, vantagens e limitações de cada técnica – e entender por que a decisão ideal pode variar de paciente para paciente.

A hiperplasia prostática benigna (HPB) é uma condição comum em homens a partir dos 50 anos e pode gerar sintomas urinários graves, como jato fraco, sensação de esvaziamento incompleto e necessidade frequente de urinar. Para casos mais avançados ou em pacientes que não respondem bem aos medicamentos, duas opções cirúrgicas se destacam: o HOLEP (enucleação prostática com laser de holmio) e a prostatectomia robótica simples.

HOLEP: menos invasivo, mais rápido

A técnica HOLEP tem se consolidado como uma das mais modernas para tratamento da HPB, principalmente por permitir a remoção de grandes volumes prostáticos com sangramento mínimo. Estudos mostram que:

O tempo cirúrgico é cerca de 49 minutos menor.
O paciente costuma ter alta 1,5 dias antes.
O tempo com sonda vesical é 3,8 dias mais curto.
A chance de precisar de transfusão é 75% menor que na cirurgia robótica.

Contudo, a taxa de complicações gerais é um pouco maior, especialmente nos primeiros meses após o procedimento. A incontinência urinária transitória ocorre em até 5%, mas é rara a persistência após 1 ano.

Prostatectomia Robótica Simples: ideal para próstatas muito grandes

Com o avanço das plataformas robóticas, essa técnica vem sendo cada vez mais usada, especialmente para próstatas com mais de 300g ou anatomias complexas. Seus principais diferenciais:

Menor risco de incontinência urinária persistente.
Menor taxa de estenose uretral, já que o acesso é feito diretamente pela bexiga.
Melhor opção em casos de cálculos, hérnias ou cirurgias prévias.

Em contrapartida, é uma técnica mais cara (cerca de US$ 1.500 a mais por cirurgia), requer equipe especializada e não é indicada para pacientes em uso de anticoagulantes.

Riscos e efeitos colaterais

Como todo tratamento cirúrgico, tanto o HOLEP quanto a prostatectomia robótica apresentam riscos inerentes, como sangramento, infecção, incontinência urinária, estenose uretral e necessidade de reintervenção. A escolha da melhor técnica deve considerar o perfil clínico do paciente, experiência da equipe cirúrgica e recursos disponíveis.

Considerações finais

Não existe uma única resposta certa. A decisão entre HOLEP e prostatectomia robótica depende do tamanho da próstata, das comorbidades do paciente, do desejo de recuperação mais rápida e das possibilidades técnicas do centro cirúrgico. Ambos os procedimentos apresentam resultados semelhantes em termos de alívio dos sintomas e qualidade de vida.

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Dr. Bruno Benigno | Urologista | CRM SP 126265 | RQE 60022

Equipe da Clínica Uro Onco - São Paulo - SP