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Câncer Após HOLEP? Veja o Que Dizem os Estudos e Como Agir Rápido

Cirurgia de Próstata Revela Câncer Oculto em Paciente de 62 Anos

São Paulo, 06/06/25 — Por Dr. Bruno Benigno | Urologista | CRM SP 126265 | RQE 60022

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O que era para ser uma cirurgia rotineira para aliviar sintomas urinários evoluiu para uma descoberta clínica relevante. Um caso de câncer de próstata, silencioso e não detectado por exames tradicionais, foi identificado após uma HOLEP. Este relato destaca a importância de monitoramento individualizado e a necessidade de atualização constante das diretrizes clínicas frente à complexidade do diagnóstico prostático.

Em meu consultório em São Paulo, recebi um paciente de 62 anos com sintomas clássicos de hiperplasia prostática benigna (HPB): fluxo urinário fraco, urgência miccional e esvaziamento incompleto. Após ter sido submetido à enucleação prostática com laser de Holmium (HOLEP) em Brasília, os sintomas aliviaram, mas a histopatologia revelou um adenocarcinoma de próstata com escore de Gleason 7 (3+4), um achado incidental inesperado.


Embora o PSA antes da prostatite tenha sido de apenas 1.32 ng/mL, durante o quadro infeccioso esse valor saltou para 23, retornando à normalidade após tratamento com antibóticos e posterior à cirurgia (0.21). Tal variação ressalta a limitação do PSA como ferramenta isolada e a relevância da densidade do PSA (PSAD). Estudos recentes apontam a PSAD como um preditor consistente para diagnóstico incidental, com valor de corte sugerido em 0,1 ng/mL/cm³ [1,9].


O diagnóstico incidental de câncer após HOLEP não é raro. De acordo com a literatura, taxas variam entre 5% e 23% [1–5], sendo a maioria tumores de baixo grau, classificados como ISUP ≤2 (estágios T1a ou T1b). A conduta predominante para esses casos é a vigilância ativa [6,8], com bom prognóstico oncológico a longo prazo.

Para avaliar a possibilidade de câncer residual na cápsula da próstata, recomendei um PETScan com PSMA. Embora mais indicado para tumores agressivos (Gleason 8–10), esse exame possui alta sensibilidade para detectar pequenos focos de câncer e metástases ocultas [6,7].


As opções discutidas incluíram vigilância ativa, com PSA trimestral, ressonância magnética semestral e nova biópsia em um ano, ou prostatectomia robótica total. A escolha deve considerar o estadiamento, grau histológico e expectativa de vida, sempre com abordagem individualizada.


Dados da International Journal of Urology e Urologic Oncology confirmam que pacientes com câncer de baixo grau após HOLEP geralmente têm evolução favorável, com baixa taxa de progressão e raramente necessitam tratamento definitivo [6–8]. Entretanto, valores persistentemente elevados de PSA após o procedimento (>1–1,2 ng/mL) podem indicar doença residual [9].

Revisões sistemáticas também apontam que a eficiência da enucleação e o volume de tecido ressecado influenciam a taxa de detecção de câncer. O uso de inibidores da 5-alfa-redutase, idade avançada e achados suspeitos em ressonância multiparamétrica (mpMRI) também são fatores de risco reconhecidos [1,3,5].


Este caso reflete a necessidade de abordagem multidimensional no manejo da HPB. Além do alívio sintomático, é fundamental prever, detectar e monitorar achados incidentais que possam alterar significativamente o curso clínico do paciente.


Dr. Bruno Benigno | Urologista | Especialista em técnicas minimamente invasivas | Atende em São Paulo

Referências:[

1] Sakai A, et al. Urology. 2024;183:170-175.

[2] Lee MS, et al. Nat Rev Urol. 2023;20(4):226-240.

[3] Banno T, et al. Int J Urol. 2022;29(8):860-865.

[4] Yilmaz M, et al. Andrologia. 2022;54(3):e14332.

[5] Elkoushy MA, et al. Urology. 2015;86(3):552-557.

[6] Han JH, et al. PLoS One. 2023;18(2):e0278931.[

7] Kimura S, et al. Int J Urol. 2024;31(1):82-87.[8] Hutchison D, et al. Urol Oncol. 2021;39(5):297.e1-297.e8.[9] Abedali ZA, et al. J Urol. 2020;203(2):304-310.


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Dr. Bruno Benigno | Urologista | CRM SP 126265 | RQE 60022

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