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Conheça como IA, genômica e cirurgia robótica redefinem o tratamento do câncer urológico, com precisão e segurança

A Convergência que Está Redefinindo o Futuro do Câncer de Próstata e Rim


O que vi — e aprendi — no epicentro mundial da inovação em uro-oncologia

Nova York — No auditório principal do Mount Sinai Health System, em Manhattan, havia uma energia difícil de descrever. Pesquisadores, engenheiros de robôs cirúrgicos, líderes em inteligência artificial e cirurgiões acostumados a operar milímetros ao lado de nervos que definem continência e função sexual conversavam como se estivessem construindo, juntos, um novo idioma para a medicina.




Durante três dias, no 7th Annual Symposium on Uro-Oncology (3 a 5 de dezembro de 2025), testemunhei algo que poucas vezes vemos concentrado em um único evento: ciência básica de alto impacto, cirurgia robótica de última geração e inteligência artificial aplicada ao cuidado real atuando como partes inseparáveis de um mesmo ecossistema.

O resultado? Uma visão clara do futuro da uro-oncologia — e ele já começou.


O tumor sob nova luz: como a biologia está redesenhando o tratamento

Por décadas, tentamos compreender por que alguns tumores de próstata e rim se comportam de forma indolente enquanto outros exibem agressividade desproporcional.

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No simpósio, pesquisadores mostraram que a resposta pode estar onde menos vemos: na hipoxia tumoral — regiões onde o tumor “aprende” a sobreviver com pouco oxigênio e, paradoxalmente, se fortalece. São ambientes onde moléculas como HIF-1 e HIF-2 funcionam como interruptores, ativando genes que favorecem invasão, resistência e metástases.


Novas moléculas capazes de inibir simultaneamente HIF-1 e HIF-2, ainda em fase pré-clínica e fase I, demonstram um potencial impressionante: não apenas bloquear, mas induzir a degradação dessas proteínas, tornando tumores resistentes mais sensíveis à terapia imunológica.


Para o câncer renal — tradicionalmente dependente do eixo VHL-HIF — esse tipo de intervenção pode inaugurar uma nova era terapêutica.




Robótica, precisão e preservação funcional: a cirurgia do futuro é agora

No evento, participei como moderador em uma das sessões de cirurgias robóticas comentadas ao vivo. Do outro lado da tela, cirurgiões do Mount Sinai dissecavam tumores prostáticos com um nível de detalhamento que, há poucos anos, seria inimaginável.


A abordagem moderna não se resume à remoção do tumor, mas sim à preservação por compartimentos, respeitando estruturas que impactam diretamente continência e ereção. A chamada técnica de Hood, que preserva o “véu” superior da próstata e sua arquitetura funcional, reforça a ideia de que operar é também proteger aquilo que faz a vida depois da cirurgia ser plena.

Ferramentas como hidrodissecção, micro-ultrassom e margens avaliadas em tempo real (NeuroSAFE+) permitem decisões imediatas na mesa cirúrgica — ampliando a margem quando necessário, preservando quando possível.


Este tipo de filosofia, baseada em ciência e tecnologia, coloca o foco onde deveria sempre ter estado: no paciente como um ser completo, não apenas como portador de um tumor.



IA na medicina: entre a promessa e o impacto real

A inteligência artificial foi discutida com menos glamour do que se vê na mídia — mas com muito mais substância. No Mount Sinai, IA não é conceito: é ferramenta que já salvou vidas.

Em uro-oncologia, o salto é ainda mais profundo:


  • Mapeamento 3D da próstata unindo RM e patologia para criar um “GPS tumoral”.

  • Modelos preditivos que estimam probabilidade de continência e ereção pós-cirurgia antes mesmo da incisão.

  • Ultrassom potencializado por IA, capaz de identificar lesões onde faltam ressonâncias.

  • Sistemas que reduzem mortalidade por sepse, detectando alterações invisíveis ao olho humano.


A mensagem central? IA não substitui o médico. IA aumenta o médico.E quem souber integrá-la ao raciocínio clínico estará um passo à frente.

Câncer renal: a fronteira retroperitoneal e o papel do single-port

Um dos temas mais debatidos foi a ascensão da cirurgia robótica single-port — plataforma capaz de operar por um único portal, especialmente útil no retroperitônio, espaço estreito onde tumores renais posteriores desafiam até cirurgiões experientes.


No entanto, o consenso é claro: não existe uma plataforma melhor; existe a plataforma certa para cada caso. Cirurgiões de alto nível dominam tanto o multiport quanto o single-port e escolhem com base no tumor, no corpo do paciente e na complexidade do caso.


Para o paciente, isso se traduz em:

  • menos dor,

  • menos manipulação intestinal,

  • recuperação mais rápida,

  • preservação de néfrons — o que significa melhor função renal a longo prazo.


Estratificação moderna: por que um PSA ou um Gleason já não bastam

A conversa avançou também para um ponto de extrema importância: nem todo câncer de próstata é igual — e nem todo Gleason 3+4 é igual.

Hoje, avaliamos:


  • padrões histológicos avançados (como cribriforme e IDCP),

  • modelos genômicos (Decipher, Oncotype, Prolaris),

  • riscos poligênicos (PRS),

  • biomarcadores de estroma reativo,

  • e até o microambiente tumoral.


O objetivo não é complicar o diagnóstico — é personalizar o tratamento.Evitar que homens com tumores indolentes recebam tratamentos agressivos.Intervir rapidamente naqueles com biologia desfavorável.
Essa é a essência da medicina moderna: menos exagero, mais precisão.

Para onde vamos?

De Nova York voltei com uma clareza inabalável:a uro-oncologia entrou em uma fase de integração total — biologia, tecnologia, imagem, IA, cirurgia e estilo de vida formam um único sistema de cuidado.


Meu compromisso, e o compromisso da minha equipe, é continuar trazendo esse conhecimento, adaptá-lo à nossa realidade e oferecer um tratamento digno dos melhores centros do mundo.

Se você ou um familiar enfrenta um diagnóstico urológico, ou se deseja entender qual abordagem é mais adequada ao seu caso, estamos à disposição para uma avaliação aprofundada.


Clínica Uro Onco — São Paulo – SP

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Dr. Bruno Benigno | Urologista | CRM SP 126265 | RQE 60022

Equipe da Clínica Uro Onco - São Paulo - SP

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