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Como saber se estou com pedras nos rins?



A grande maioria das pessoas portadoras de pedras nos rins não apresentam qualquer sintoma. Estima-se que aproximadamente 50% da população mundial é portadora ou apresentará a um quadro de pedra dos rins durante a vida.(1)


Uma parcela significativa das pessoas portadoras de pedra nos rins descobrem a sua existência durante um episódio de dor abdominal aguda, conhecido como cólica renal.


Nas pessoas que não apresentam quaisquer sintomas, a única forma de detectar pedras nos rins é através da realização de exames de imagem, como o ultrassom ou a tomografia de abdome.(2)


A ultrassonografia é um exame capaz de detectar pedras maiores que 5 mm. Já a tomografia possui maior resolução de imagem, é capaz de detectar cálculos acima de 2 milímetros e fornece informações mais detalhadas a respeito da densidade e possível composição nas pedras do sistema urinário.


Os principais fatores de risco para a formação de cálculos renais estão relacionados à fatores genéticos, alterações relacionadas aos hábitos alimentares, como consumo excessivo de sal, por exemplo. Além disso, a ingestão de pequena quantidade de água também representa como um dos principais fatores de risco para o surgimento das pedras.(3,4)


O tratamento pode ser a base de medicações que ajudam a dissolver as pedras, mudança de hábitos alimentares e aumento na ingestão de líquidos.(4)

Em situações onde as pedras atingem um tamanho maior que 7mm, pode ser necessário uma cirurgia que visa a pulverização da mesma. A litotripsia externa pode ser usada para cálculos com densidade intermediária e que tenham um tamanho de até 10 mm.




Para cálculos maiores, a litotripsia através da endoscopia e pulverização microfibra de laser costuma ser a estratégia mais utilizada. Esta última estratégia representa um procedimento cirúrgico e necessita submeter o paciente à anestesia.


Em situações especiais, onde os cálculos renais atingem tamanhos maiores de 25 mm, a cirurgia percutânea ou mesmo abordagens através de videolaparoscopia podem ser necessárias.


por: Dr. Bruno Benigno [CRM SP 126265] - Urologia




1. Ziemba JB, Matlaga BR. Epidemiology and economics of nephrolithiasis. Investig Clin Urol. 2017;58(5):299–306.

2. Ingimarsson JP, Krambeck AE, Pais VM. Diagnosis and Management of Nephrolithiasis. Surg Clin North Am. junho de 2016;96(3):517–32.

3. Gambaro G, Croppi E, Coe F, Lingeman J, Moe O, Worcester E, et al. Metabolic diagnosis and medical prevention of calcium nephrolithiasis and its systemic manifestations: a consensus statement. J Nephrol. dezembro de 2016;29(6):715–34.

4. Abreu Júnior J de, Ferreira Filho SR. Influence of climate on the number of hospitalizations for nephrolithiasis in urban regions in Brazil. J Bras Nefrol Orgao Of Soc Bras E Lat-Am Nefrol. 8 de maio de 2020;

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