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Foto do escritorDr. Bruno Benigno

Definição de falha do BCG e seguimento de pacientes com câncer de bexiga.

Atualizado: 5 de jan. de 2023

Embora 75% de todos os pacientes com câncer de bexiga descubram a doença em estágio superficial, 30% a 50% destes acabam progredindo para formas mais agressivas em um intervalo de até cinco anos.


Até o momento, a melhor forma de prevenir a evolução para formas mais invasivas é a aplicação da terapia com BCG após a raspagem do tumor pela uretra, procedimento conhecido como RTU da Bexiga.

O tratamento com a BCG é uma forma de imunoterapia utilizada há aproximadamente 40 anos no Brasil e no mundo. Tem como mecanismo de ação a estimulação do sistema imunológico do paciente, através do contato de partículas da bactéria com a parede que reveste internamente a bexiga.


Quando bem sucedida, reduz em até 50% o risco da doença retornar e evita a evolução para formas mais agressivas e invasivas em até 30% dos pacientes.

O tratamento pode variar de um a três anos, a depender das características de agressividade da doença no momento do diagnóstico.


Os pacientes que não apresentam boa resposta com esta estratégia de tratamento estão sob maior risco de desenvolver em formas disseminadas da doença e perderem a janela de oportunidade de cura.


Em sua apresentação no Congresso Brasileiro de Urologia, que aconteceu de 12 a 15 de dezembro em Brasília-DF, o urologista Dr. Bruno Benigno (CRM SP. 126 265), diretor da Clínica Uro Onco e médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, São Paulo, definiu quais as melhores estratégias para a identificação dos pacientes com boa resposta ao tratamento com BCG, assim como destacou os critérios que devem ser utilizados para interromper esta estratégia conservadora e indicar o tratamento radical mais agressivo, a retirada completa da bexiga (cistectomia).


Ao final de sua apresentação, apresentou um resumo das principais áreas em desenvolvimento de novas estratégias para a identificação precoce da doença de alta agressividade, como:

  • Utilização de tecnologias como a cistoscopia com banda de luz estreita (narrow banding)

  • Cistoscopia com luz azul de alta definição (blue light cystoscopy - HAL)

  • Citologia urinária com a implementação de testes que investigam alterações no DNA na urina( FISH), capazes de identificar alterações invisíveis ao olho nu.

  • Avanço na classificação genética dos diversos tipos de tumores de bexiga.

  • Melhor entendimento sobre os mecanismos imunológicos envolvidos na resposta ao contato da BCG com a superfície da bexiga.

  • Incorporação e melhor entendimento dos mecanismos de ação de novos agentes imunoterápicos como alternativa à BCG.


Dr. Benigno deixa como mensagem o entusiasmo com o horizonte promissor e de muita inovação à frente, ressaltando os benefícios reais no aumento da expectativa de sobrevivência e diminuição dos efeitos adversos relacionados ao tratamento dos pacientes que lutam contra o câncer de bexiga.



Escrito por: Dr Bruno Benigno e Assessoria de Imprensa



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