O câncer de próstata é a segunda doença maligna mais frequente, ficando atrás apenas do câncer de pele. É mais frequente em homens acima de 60 anos de idade e seu risco de aparecimento aumenta com o passar dos anos. (1,2)
70% de todos os casos são detectados na fase sem sintomas da doença, através das campanhas de rastreamento anual, com o exame de toque retal e a dosagem no sangue do PSA. Vinte por cento dos casos são detectados em uma fase onde a doença já rompeu a cápsula da próstata, estágio conhecido como doença localmente avançada. (3,4)
Aproximadamente 10% dos casos são diagnosticados na fase de doença disseminada pelo corpo, conhecida pelos médicos como metástases. A cura da doença é possível enquanto localizada na próstata ou mesmo disseminada em suas proximidades
A disseminação do câncer ocorre através dos vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos.
Inicialmente a doença acomete os gânglios linfáticos ao redor da próstata e posteriormente se aloja nos ossos.
No estágio da doença disseminada, os tratamentos visam o controle do crescimento do câncer, assim como a diminuição do número de focos de doença nos ossos e outros órgãos abdominais ou do tórax.
O controle da doença na fase disseminada é obtido através da utilização de medicações que bloqueiam a ação da testosterona no corpo.(5)
Ação desse medicamento pode ser melhorada com a utilização de drogas de última geração, utilizadas via oral, que proporciona um bloqueio ainda maior dos efeitos da testosterona.
A quimioterapia também pode ser uma estratégia utilizada juntamente com os bloqueadores de testosterona . mas geralmente é reservada para estágios mais avançados, onde o câncer de próstata foi capaz de escapar ao bloqueio da testosterona para retomar seu crescimento.(6)
Uma das drogas mais utilizadas para o bloqueio da testosterona é a gosserrelina, Que pode ser usada em conjunto com outras classes de droga, como a apalutamida, enzalutamida, abiraterona ou darolutamida.(7–11)
O diagnóstico da doença no estágio de metástases é feito através de exames de imagem como a cintilografia ou a tomografia Pet com uma molécula específica ao câncer de próstata, conhecida como PSMA.(12)
Para mais informações, consulte seu urologista ou oncologista.
Por: Dr. Bruno Benigno
Urologista do Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz - SP
CRM 126265
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