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Avanços no tratamento da Hiperplasia Benigna e o Câncer de Próstata | Rezum | Urolift | Robótica

Inovações Tecnológicas na Urologia: Avanços no Diagnóstico e Tratamento


Por Dr. Bruno Benigno | CRM SP 126265 | RQE 60022



São Paulo, Brasil - O Congresso Americano de Urologia, o evento mais importante da área, reuniu recentemente em Chicago cerca de 18 mil especialistas de todo o mundo. Como diretor da Clínica Uro Uro Onco, em São Paulo, e urologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, trago a vocês um resumo das novidades tecnológicas apresentadas no congresso, especialmente no campo do diagnóstico e tratamento do câncer de próstata.


No que diz respeito ao diagnóstico, o uso de métodos de imagem de alta resolução tem se mostrado cada vez mais essencial. Um dos desafios enfrentados pelos médicos ao realizar uma biópsia da próstata é a limitada capacidade dos aparelhos de ultrassom em reproduzir com precisão a imagem do tecido prostático.


No entanto, uma empresa americana desenvolveu o micro-ultrassom, um equipamento capaz de identificar até mesmo pequenos dutos prostáticos, equivalentes a apenas 10% da cabeça de um alfinete. Com essa tecnologia, os urologistas podem realizar biópsias com maior nitidez, aumentando a precisão do procedimento e reduzindo os casos de resultados falso negativos. Essa inovação já está disponível em alguns centros de referência no Brasil.



Outro avanço significativo é o crescente uso da ressonância magnética em conjunto com exames de imagem de alta resolução. Um estudo promissor investigou o papel do PET-SCAN COM PSMA ,específico para próstata, onde é injetada uma substância no sangue do paciente que se liga às células cancerígenas. Nesse pequeno estudo, aproximadamente 15 pacientes tiveram o câncer de próstata confirmado através do exame, eliminando a necessidade de biópsia.


Essa descoberta indica que, em um futuro próximo, alguns pacientes poderão ter o diagnóstico de câncer de próstata confirmado sem a necessidade de procedimentos invasivos. O cenário futuro é promissor nessa área.



No campo do tratamento, destacou-se o aumento da concorrência no mundo da cirurgia robótica. A plataforma robótica Hugo, desenvolvida pela empresa americana Medtronic, surge como concorrente do já conhecido sistema daVINCI, presente no mercado há 22 anos. O equipamento Hugo oferece benefícios similares à plataforma existente, além de propor uma redução de custos, permitindo o reúso das pinças por mais tempo e fornecendo uma variedade maior de equipamentos, conferindo maior versatilidade ao cirurgião durante o procedimento.



Outra novidade é o robô chinês Singleport, que busca rivalizar com o robô da empresa americana Intuitive. A grande vantagem do Singleport é que, diferentemente da cirurgia robótica tradicional, que requer quatro ou cinco pequenas incisões abdominais, esse sistema possibilita a realização de procedimentos cirúrgicos através de apenas uma incisão. Embora esses equipamentos ainda não estejam disponíveis no Brasil, estão em desenvolvimento e já são comercialmente utilizados em centros de referência nos Estados Unidos, indicando sua provável disponibilidade futura no Brasil.



Outro avanço relevante diz respeito aos procedimentos intraoperatórios. A combinação de tomografia e PET-SCAN durante a cirurgia permite que o cirurgião, ao remover a próstata, processe imediatamente o tecido para análise. Isso é especialmente importante para identificar margens positivas, ou seja, a presença de células cancerígenas remanescentes no paciente. Com essa tecnologia, a informação sobre as margens positivas pode ser obtida ainda durante a cirurgia, evitando a necessidade de intervenções futuras. Esse avanço é particularmente benéfico para pacientes com câncer de próstata mais agressivo, proporcionando uma tomografia intraoperatória do tecido doente e melhorando os resultados.


Por fim, destacam-se os avanços no tratamento minimamente invasivo do aumento benigno da próstata. Além do tratamento com medicamentos e raspagem da próstata, duas tecnologias recentes ganharam destaque. O Urolift consiste na inserção de pequenos clipes na uretra do paciente para aumentar o calibre, permitindo uma micção mais fácil. Esse procedimento, disponível desde o início deste ano no Brasil, pode ser realizado no consultório do urologista.



Outra técnica é a ressecção, que utiliza vapor d'água aplicado em vários pontos da próstata. Ao longo das semanas seguintes, a próstata se atrofia e o canal se abre, aliviando os sintomas. Essas técnicas têm como principais vantagens a preservação da ejaculação, o que não era possível com as abordagens anteriores, e a realização de procedimentos rápidos no próprio consultório, com alta no mesmo dia.



Em resumo, os avanços na área de urologia abrangem tanto o diagnóstico quanto o tratamento do câncer de próstata, bem como a abordagem de doenças benignas. As inovações tecnológicas mencionadas prometem melhorar a precisão dos diagnósticos, reduzir a necessidade de procedimentos invasivos e oferecer opções mais eficazes e menos invasivas para o tratamento. A expectativa é que, em um futuro próximo, essas tecnologias estejam mais amplamente disponíveis no Brasil, beneficiando ainda mais os pacientes urológicos.

Agradecemos a atenção e até a próxima!


Bruno Benigno Urologista, Uro-Oncologista Diretor da Clínica Uro Onco

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