Uma nova era no tratamento da próstata aumentada: reflexões do primeiro dia do curso latino-americano de enucleação prostática a laser
- Dr. Bruno Benigno
- 29 de set.
- 4 min de leitura
Bogotá, setembro de 2025. Médicos de diferentes países da América Latina se reuniram na capital colombiana para discutir um dos avanços mais transformadores da urologia contemporânea: a enucleação prostática a laser, técnica conhecida como HoLEP (Holmium Laser Enucleation of the Prostate), agora impulsionada pela tecnologia MOSES 2.0.
Entre os presentes, o Brasil esteve representado por especialistas comprometidos em ampliar o acesso a cirurgias menos invasivas e mais eficazes. Um deles foi o urologista Dr. Bruno Benigno, referência em cirurgia robótica e uro-oncologia, que compartilhou sua experiência e absorveu as lições de um encontro que uniu ciência de ponta, prática clínica e humanidade.
A promessa de um tratamento mais seguro e duradouro
A hiperplasia prostática benigna (HBP) atinge milhões de homens acima dos 50 anos, trazendo sintomas como dificuldade para urinar, jato fraco e idas frequentes ao banheiro durante a noite. Durante décadas, a cirurgia aberta ou a raspagem (RTU-P) foram as principais opções. Mas ambas têm limitações: risco de sangramento, maior tempo de internação e necessidade, em alguns casos, de reoperações após alguns anos.
É nesse cenário que a HoLEP surge como divisor de águas. Dados apresentados no curso, incluindo a experiência da Universidade de Indiana (EUA), mostram que a técnica oferece resultados consistentes por até 20 anos, com taxa de reoperação inferior a 2%. Além disso, em mais de 90% dos casos é possível dar alta hospitalar no mesmo dia.
“O impacto para o paciente é imenso: menos riscos, recuperação mais rápida e qualidade de vida preservada”, destacou o especialista norte-americano Dan Gralnek, um dos instrutores convidados.
Benefícios e riscos: a busca pelo equilíbrio
No entanto, como todo avanço cirúrgico, o HoLEP também traz desafios. O curso deu destaque às complicações possíveis: sangramento intraoperatório, perfurações capsulares, dificuldades durante a morcelação (processo de fragmentar e retirar o tecido removido) e episódios temporários de incontinência urinária.
A mensagem central foi clara: a segurança depende do respeito absoluto aos planos anatômicos da próstata, do reconhecimento precoce de complicações e de protocolos rígidos de equipe. Técnicas como a preservação da mucosa apical e do esfíncter foram apresentadas como fundamentais para reduzir riscos.
Esse equilíbrio — entre inovação tecnológica e responsabilidade clínica — norteou todas as discussões.
Uma jornada de aprendizado e humildade
Se a eficácia já está bem estabelecida, outro ponto reforçado foi a curva de aprendizado. Diferente da ressecção clássica, o HoLEP exige um treinamento sistemático, com pelo menos 30 a 50 casos supervisionados antes que o cirurgião atinja segurança plena.
Essa exigência foi vista não como obstáculo, mas como oportunidade: a criação de centros de treinamento regionais e programas de proctorização pode acelerar a adoção da técnica na América Latina, reduzindo desigualdades de acesso.
“A enucleação prostática a laser é segura e transformadora, mas só será amplamente benéfica se ensinada e praticada com disciplina, humildade e trabalho em equipe”, resumiu um dos palestrantes argentinos, Mariano González.
Tecnologia MOSES 2.0: precisão milimétrica
Um dos temas mais comentados foi a tecnologia MOSES 2.0, que aprimora o controle do sangramento e melhora a separação dos planos cirúrgicos. O recurso, ainda restrito a poucos centros da região, foi descrito como um facilitador da curva de aprendizado e um aliado na segurança dos pacientes anticoagulados.
Para os médicos, isso representa mais previsibilidade durante o procedimento. Para os pacientes, significa menos risco, menos tempo de internação e maior tranquilidade no pós-operatório.
O olhar brasileiro: compromisso com o futuro
No palco e nas discussões de casos clínicos, o Dr. Bruno Benigno destacou sua experiência no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, e em sua clínica especializada. Ao longo dos últimos anos, ele e sua equipe têm incorporado progressivamente técnicas minimamente invasivas — do laser verde ao Rezūm, passando pela cirurgia robótica — sempre com o mesmo objetivo: trazer ao paciente o que há de mais moderno, seguro e eficaz.
Sua participação no curso reforça um compromisso que transcende fronteiras: estar preparado para oferecer no Brasil o padrão internacional mais avançado de tratamento da hiperplasia prostática.
O segundo dia: da teoria à prática
Após um dia intenso de discussões teóricas, o curso segue com uma etapa prática em modelos anatômicos e laboratório virtual. A expectativa é consolidar os conceitos aprendidos e testar, sob supervisão, as estratégias para evitar complicações, proteger o esfíncter e garantir que o paciente volte ao seu cotidiano com segurança e confiança.
O que isso significa para os pacientes?
A grande mensagem que emerge do curso é clara: a era da cirurgia aberta da próstata está ficando para trás. As novas técnicas a laser, quando realizadas por profissionais treinados, oferecem menos dor, menos riscos e resultados mais duradouros.
Para o homem que convive com sintomas urinários, isso significa mais noites bem dormidas, menos idas ao banheiro, preservação da função urinária e sexual — em resumo, mais qualidade de vida.
Conclusão: ciência, humanidade e confiança
Eventos como este em Bogotá mostram que a medicina avança não apenas com tecnologia, mas com diálogo, humildade e aprendizado coletivo.
Para pacientes e familiares, a mensagem é de esperança: há alternativas modernas, eficazes e seguras para tratar a próstata aumentada.
Para colegas médicos, é um convite à atualização constante: a prática colaborativa e a formação especializada são fundamentais para reduzir riscos e oferecer o melhor tratamento.
E para nós, especialistas comprometidos com a saúde urológica, é uma reafirmação de propósito: trazer para o Brasil o que há de mais avançado no mundo, com responsabilidade e humanidade.
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Dr. Bruno Benigno | Urologia, Oncologia e Cirurgia RobóticaClínica Uro Onco – São Paulo – SPSite: www.clinicauroonco.com.brWhatsApp: +55 (11) 99590-1506Instagram: @dr_benigno | LinkedIn: Dr. Bruno Benigno
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Dr. Bruno Benigno | Urologista | CRM SP 126265 | RQE 60022
Equipe da Clínica Uro Onco - São Paulo - SP
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