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Entenda as diferenças entre as cirurgias da Próstata | Robótica | Aberta | Vídeo | RTU.

Respondendo perguntas recebidas em seu canal no YouTube, em um vídeo mostrando uma sala de cirurgia robótica, o Dr Bruno Benigno (CRM SP 126265), urologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Diretor da Clínica Uro Onco, explica o que é a RTU (ressecção transuretral, conhecida popularmente como "raspagem da próstata") e as diferenças entre a cirurgia robótica, aberta e por vídeo (ou laparoscópica).




De imediato, o especialista começa explicando que a RTU não é utilizada para o tratamento do câncer e sim para homens que têm a próstata aumentada (hiperplasia) e que já não respondem ao uso de medicações.

Neste procedimento ocorre uma raspagem da próstata por dentro da uretra, com o objetivo de aumentar o calibre do canal. Não há necessidade de cortes (incisões) no abdômen ou no pênis do paciente. Tudo é feito através de uma microcâmera introduzida pela uretra do paciente anestesiado.


A raspagem é feita somente na parte interna da próstata, não sendo necessária sua remoção completa (a prostatectomia).


Já os procedimentos de cirurgia robótica, aberta e vídeo-laparoscópia são métodos usados para o tratamento de homens com câncer de próstata, desta forma, a próstata do paciente é completamente removida (conhecida como prostatectomia radical).

Entre as técnicas citadas para o tratamento do câncer de próstata, a mais conhecida é a cirurgia aberta, onde o cirurgião faz um corte do umbigo até a região dos pelos pubianos e remove a próstata por completo, explica o médico. É um procedimento seguro, contudo, a recuperação é um pouco mais lenta, tendo em vista que é preciso fazer uma grande abertura na barriga do paciente.


Uma evolução dessa técnica é a cirurgia por vídeo, ou seja, a video-laparoscópica, em que são feitos de quatro a cinco pequenos cortes (em média de 3 cm cada) abaixo do umbigo.


Uma micro câmera introduzida pelo umbigo gera imagens de dentro do abdome do paciente. O cirurgião faz outras pequenas incisões no abdome, para a introdução de finas pinças para a remoção completa da próstata.


O cirurgião e seu assistente executam o procedimento de forma coordenada e reconstroem a via urinária sem a necessidade de colocar as mãos no abdome do paciente. A próstata é removida pela incisão feita no umbigo ao final do procedimento.


Segundo o Dr. Bruno Benigno, existem muitas semelhanças entre a cirurgia por vídeo e a robótica, ambas precisam da introdução de uma câmera através de pequenos ``furinhos``.

Entretanto, a primeira diferença é que a câmera utilizada na cirurgia por vídeo tradicional oferece uma visão bidimensional, ou seja, a cirurgia é vista em uma tela grande de ‘’televisão’’. Já na robótica, o cirurgião vê a cirurgia internamente (dentro do abdômen do paciente) através de um console de cirurgia robótica que proporciona uma visão tridimensional.


Neste caso, a sensação é como se o cirurgião estivesse ‘’dentro’’ do paciente, uma visão mais imersiva e, juntamente a isso, o console oferece uma ampliação de 8 a 12 vezes o tamanho das estruturas do tecido, sendo possível ver com maior nitidez .


A outra diferença entre as técnicas é que as pinças utilizadas na cirurgia por vídeo tem pontas retas, não existindo flexibilidade, logo, em algumas situações o cirurgião tem dificuldade para manipular internamente. Em compensação, na cirurgia robótica as pinças têm flexibilidade nas pontas, reproduzindo e ampliando os movimentos da mão humana, favorecendo um procedimento mais preciso. Isso tudo se reflete em uma recuperação mais rápida do paciente.


A robótica é um método mais avançado por ser uma ‘’caixa de ferramentas’’ mais delicada, favorecendo com que o cirurgião tenha um poder de destreza maior para executar o procedimento.

A maior limitação para a ampla utilização da cirurgia robótica é o custo em nosso País. O equipamento robótico ainda não faz parte da lista de materiais obrigatórios na cobertura pelas operadoras de saúde. Além disso, uma parcela pequena de médicos está habilitada para a realização deste tipo de procedimento.


Esperamos que essas informações possam ajudar e ressaltamos a importância de buscar um urologista para analisar corretamente cada caso e indicar de forma individualizada o melhor tratamento para cada paciente.



Escrito por: Sofia Carnavalli | Assessoria de Imprensa do Dr.

Bruno Benigno.



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